Por Giulio Sanmartini
A fotografia acima mostra um Luiz Inácio Lula da Silva diferente daquele de hoje, mas com algumas igualdades.
Ele está mais jovem, pudera a foto tem quase 10 anos, os cabelos estão pretos, mas não tão cuidados por cabeleireiros como hoje, o terno é simples e nada se assemelha aos feitos por alfaiates como os de agora, mas ao seu lado, está, como sempre seu indefectível escudeiro José Dirceu. Lula, que na época estava se preparando para disputar sua terceira candidatura à presidência (perdeu) está também fazendo algo de que perdeu o hábito: dando uma entrevista coletiva, onde que está deixando a direção do Partido dos Trabalhadores (PT) e tenta sem sucesso explicar uma das primeiras patifarias de seus companheiros.
Quando Venceslau denunciou o que acontecia em São José dos Campos, foi taxado por Lula como “paranóico” (hoje sã os “aloprados”) e expulso do partido.
A prefeita de São José dos Campos era a famosa “bailarina” Ângela Guadagnin e quem arrecadava o dinheiro da Cpem, era tesoureiro da campanha de Lula, nada mais nada menos que o pagador de contas presidenciais, Paulo Okamoto.
Lula com a amoralidade que o caracteriza explicou o fato de morar franco de pagamento na casa de seu compadre: “Trabalhei durante trinta anos (sic) e fui um pai e um marido omisso. Não posso ter uma casa como aquela em que morava (um sobradinho). Se o único jeito de conseguir uma melhor é assim, vou ficar com ela e pronto”. Esse certamente foi o raciocínio que seguiu ao aceitar que a empreiteira Andrade Guiterrez sustentasse sua filha Luriam em Paris, ou de ter pedido uma aposentadoria especial por ter ficado preso dias durante a ditadura.
O PT e Lula tentaram de todas as formas esconder e desacreditar as denuncias da Veja (como continua a acontecer), pois entre investigar uma denúncia ou assumir a defesa do amigo que lhe cede a casa, ele optou pelo conforto pessoal.
Lendo duas notas em P&P de Cris (Maria Cristina) do último dia 7/11 (CUIDADO ELES ESTÃO DE VOLTA e ELE ESTÁ DE VOLTA AO PALÁCIO) fica-se sabendo que Guadagnin, Okamoto e Dirceu voltaram a freqüentar o quarto andar do Palácio do Planalto.
As moscas são as mesmas, mas engordaram bastante, pois o bolo fecal aumentou muito, saiu das prefeituras e tomou conta do país.
Texto de apoio:
A mancha na estrela – por Bruno Paes Manso e Andréa Barros – in Veja 4/6/1997.