aventuras de Amyr Klink
Fotos divulgação |
Em entrevista a VEJA, Amyr Klink contou como o GPS mudou sua rotina durante as expedições no mar. Ele passava três horas fazendo cálculos que hoje monitora minuto a minuto, na tela de seu computador de bordo.
Agliberto Lima |
1ª AVENTURA: cruzar o Oceano Atlântico, da África ao Brasil, em um barco a remo, o I.A.T.
Quando ocorreu: 1984
Como Klink calculava sua localização: nos doze primeiros minutos do amanhecer e do entardecer ele procurava as estrelas que mais brilhavam. Observava o céu pelo astrolábio e debruçava-se em mapas. Com a ajuda de uma calculadora, ele levava três horas para saber em que lugar do oceano estava. O processo era repetido todo dia. "Cheguei a passar oito dias sem saber onde estava, se tinha progredido ou não, por causa do mau tempo", afirma
1ª AVENTURA COM GPS: passar mais de um ano na Antártica, a bordo de um veleiro, o Paratii
Quando ocorreu: 1989
Como Klink calculava sua localização: com um GPS. O aparelho apenas mostrava a latitude e a longitude e levava quatro minutos para captar o sinal e fazer os cálculos. Custava 3 500 dólares e informava com uma precisão de 105 metros – quando o cálculo era feito sem GPS, a margem de erro era de 20 quilômetros. "Guardava o GPS numa caixa de veludo e anotava rapidamente as coordenadas para não correr o risco de ficar sem ele", diz
ÚLTIMA AVENTURA: navegar através do Círculo Polar Antártico a bordo do veleiro Paratii 2
Quando ocorreu: 2003
Como Klink calculava sua localização: com um GPS que, além de registrar as coordenadas geográficas em tempo real, permitia traçar o caminho pretendido e calcular a velocidade e o tempo estimado para a chegada. O GPS de Klink custou 600 dólares. "Hoje carrego dois aparelhos comigo e confio neles para saber até mesmo se a embarcação está bem ancorada", afirma
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Com reportagem de Luís Perez