Até explodir o escândalo do dossiê, ninguém sabia da existência do tal Expedito Veloso. Quem acompanhou o seu desempenho da CPI dos Sanguessugas ontem ficou um tanto surpreso: está ali um quadro d’O Partido treinado para confundir, para responder às evidências de fraude com novas acusações, para dissimular. Indagado se não quis saber a origem do dinheiro nem em conversas posteriores com os demais aloprados, deu a mesma resposta do cutista Oswaldo Bargas: não! Estava tão traumatizado com o ocorrido que não tocou no assunto. Isso para espanto geral. E, claro, acrescentou “denúncias” que não fizera à Polícia Federal. O objetivo? Continua o mesmo: atacar José Serra. Há dias, postei aqui um comentário sobre o PT clandestino. A pauta continua atual para bons jornalistas investigativos.
Somos mais governados pelo PT que não vemos do que por aquele que vemos. Quantos são os Velosos incrustados nas estatais, nos bancos públicos, nos fundos de pensão? Sabem qual era o salário do homem como diretor do Banco do Brasil? R$ 17 mil — o dobro do que ganha oficialmente o presidente da República. Estava afastado da empresa para servir à campanha de Lula. E continuava a receber salário? Continuava, sim. Tinha direito àquelas licenças ou sei lá o quê — tudo muito típico de empresas públicas. O fato é: fazia campanha eleitoral, mas estava na folha de pagamento do Banco do Brasil. O que leva um diretor de banco a se envolver com bandidos?, espantou-se o senador Jefferson Peres (PDT-AM). Ele não sabia bem. Sentia-se imbuído de uma espécie de missão.
Entendam: o PT tem e continua a gerar quadros que vivem na mais absoluta clandestinidade. Essa gente sempre serviu o partido e teve papel ativíssimo durante a crise do governo Collor. Não por acaso, é quando entra na história uma figura das mais conhecidas: Waldomiro Diniz. Era funcionário da Caixa Econômica Federal e foi trabalhar no gabinete do então deputado José Dirceu. Como diria Rick àquele policial esquisito de Casablanca, Louis, era “o princípio de uma bela amizade”. Não custa lembrar: quando o sigilo do caseiro Francenildo foi quebrado ilegalmente pela CEF, Clarice Coppetti, vice-presidente de tecnologia do banco, que fez toda a sua carreira ligada ao PT, falava das dificuldades de se identificar com celeridade a origem da transgressão. Depois se viu que ela estava enganada... Clarice é casada com César Alvarez, assessor especial da Presidência da República — outro que não conhecemos.
O fato é, leitor, que, neste exato momento, há um petista de olho em você. Quando se afirma que eles aparelham o Estado, não é apenas porque isso lhes vai garantir uma boa vida, poder etc. É bem mais do que isso. Significa, acima de tudo, ter informação privilegiada e poder usá-la em favor da causa. Não foi assim com Antonio Palocci? Ele pediu dados da conta de Francenildo, e o então presidente da Caixa, o também petista Jorge Mattoso — depois demitido — deu. Mas aqui ainda se fala de nomes que acabam ascendendo na “rede”.
Expedito é só um caso que se tornou notório e notável porque a operação deu com os burros n’água em razão da ação do delegado Edmilson Bruno. Curiosamente, ele é o único, até agora, que foi punido nisso tudo. Uma punição, por ora, de caráter moral. Mas foi. A rede continua operando livre, leve e solta.
Disputa por cargos
Somos mais governados pelo PT que não vemos do que por aquele que vemos. Quantos são os Velosos incrustados nas estatais, nos bancos públicos, nos fundos de pensão? Sabem qual era o salário do homem como diretor do Banco do Brasil? R$ 17 mil — o dobro do que ganha oficialmente o presidente da República. Estava afastado da empresa para servir à campanha de Lula. E continuava a receber salário? Continuava, sim. Tinha direito àquelas licenças ou sei lá o quê — tudo muito típico de empresas públicas. O fato é: fazia campanha eleitoral, mas estava na folha de pagamento do Banco do Brasil. O que leva um diretor de banco a se envolver com bandidos?, espantou-se o senador Jefferson Peres (PDT-AM). Ele não sabia bem. Sentia-se imbuído de uma espécie de missão.
Entendam: o PT tem e continua a gerar quadros que vivem na mais absoluta clandestinidade. Essa gente sempre serviu o partido e teve papel ativíssimo durante a crise do governo Collor. Não por acaso, é quando entra na história uma figura das mais conhecidas: Waldomiro Diniz. Era funcionário da Caixa Econômica Federal e foi trabalhar no gabinete do então deputado José Dirceu. Como diria Rick àquele policial esquisito de Casablanca, Louis, era “o princípio de uma bela amizade”. Não custa lembrar: quando o sigilo do caseiro Francenildo foi quebrado ilegalmente pela CEF, Clarice Coppetti, vice-presidente de tecnologia do banco, que fez toda a sua carreira ligada ao PT, falava das dificuldades de se identificar com celeridade a origem da transgressão. Depois se viu que ela estava enganada... Clarice é casada com César Alvarez, assessor especial da Presidência da República — outro que não conhecemos.
O fato é, leitor, que, neste exato momento, há um petista de olho em você. Quando se afirma que eles aparelham o Estado, não é apenas porque isso lhes vai garantir uma boa vida, poder etc. É bem mais do que isso. Significa, acima de tudo, ter informação privilegiada e poder usá-la em favor da causa. Não foi assim com Antonio Palocci? Ele pediu dados da conta de Francenildo, e o então presidente da Caixa, o também petista Jorge Mattoso — depois demitido — deu. Mas aqui ainda se fala de nomes que acabam ascendendo na “rede”.
Expedito é só um caso que se tornou notório e notável porque a operação deu com os burros n’água em razão da ação do delegado Edmilson Bruno. Curiosamente, ele é o único, até agora, que foi punido nisso tudo. Uma punição, por ora, de caráter moral. Mas foi. A rede continua operando livre, leve e solta.
Disputa por cargos
Há dias observei aqui o quão enjoada achava essa conversa de PMDB e divisão de Ministérios. Isso tudo é conversa para jornalista dormir. O lucro da Petrobras, em nove meses, é o dobro do que o Brasil tem para investir em um ano. A mina de ouro está nas diretorias e nos milhares de cargos das estatais. É aí que está alojado o PT. É por isso que eles lamentam tanto as privatizações do governo FHC. Imaginem se essa gente tivesse, por exemplo, a Telebrás nas mãos: 27 presidências regionais mais os milhares de cargos de confiança. Mais a Vale, a CSN, a Embraer...