Entrevista:O Estado inteligente

segunda-feira, novembro 27, 2006

"Celso não morreu porque era do PT, mas porque a quadrilha, de que o próprio prefeito participava, brigou"


Por Lilian Christofoletti na Folha desta segunda: “Promotor de Justiça de Santo André, Roberto Wider Filho, 38, afirmou que associar o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), a um suposto crime político é ignorância ou má-fé. ‘Desde o início, ainda em 2003, quando denunciamos Sérgio Gomes da Silva como o mandante do crime, dissemos que a motivação foi crime comum, que Daniel foi morto por um desarranjo de uma quadrilha da qual o próprio prefeito participava’, disse o promotor.Wider disse que nunca os promotores falaram em crime político. ‘Afirmar que essa é a tese do Ministério Público é ignorar dados técnicos da denúncia ou é má-fé.’ Na denúncia (acusação formal à Justiça) oferecida no final de 2003, a Promotoria diz que ‘a morte da vítima [do prefeito] foi idealizada e encomendada por Sérgio Gomes da Silva para assegurar a execução de outros crimes’ que ele e outros praticavam contra a administração de Santo André’. Wider afirma que Daniel não foi morto por ser ‘prefeito ou do PT’. ‘Quando o prefeito descobriu que a maior parte dinheiro desviado ia para a quadrilha, e não para campanhas eleitorais, se opôs e foi morto. Isso não tem nada a ver com crime político. Poderia ser uma quadrilha de roubo de carros’, diz Wider.”

FOLHA:Para promotor, ligar caso Daniel a política é "má-fé"

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