Entrevista:O Estado inteligente

terça-feira, setembro 13, 2005

Lucia Hippolito A coisa vai esquentar

do Blog do Noblat

 

" Continua sem solução o impasse político entre deputados da oposição e o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti.

Enquanto os deputados continuam tentando obter a renúncia de Severino ou mesmo uma licença, Severino permanece irredutível. Não renuncia, não pede licença, não reconhece ter recebido propina do concessionário de restaurantes da Câmara.

 

Nessas condições, ninguém se mexe.

 

Mas a sensatez já está começando a aparecer nas declarações de vários deputados. A oposição tem perfeita consciência de que não poderá obstruir para sempre as sessões da Câmara. Além disso, nenhum partido quer correr o risco de arcar com o ônus de, eventualmente, contribuir para salvar o mandato do deputado Roberto Jefferson.

 

Isto porque a sessão que pode encerrar a carreira política de Roberto Jefferson está marcada para amanhã, quarta-feira. São necessários 257 votos para aprovar a cassação do mandato.

A oposição decidiu rever sua decisão do fim de semana de tentar obstruir a sessão. Os deputados chegaram à conclusão de que, se o mandato de Roberto Jefferson não for cassado, esta conta pode ser espetada na oposição.

 

Assim, os partidos da oposição decidiram entrar com um processo de cassação do mandato de Severino Cavalcanti por quebra do decoro parlamentar e continuarão a pressionar para que ele próprio decida renunciar ao cargo.

 

Isto se não aparecer mais nenhuma denúncia envolvendo Severino em recebimento de propina. O aparecimento do extrato bancário do empresário Sebastião Buani mostrando que ele sacou, sim, 40 mil reais no dia 4 de abril de 2002, no mesmo dia em que Severino teria assinado o documento prorrogando a concessão para a exploração dos restaurantes da Câmara, foi considerado grave, tanto por oposicionistas como por alguns governistas.

 

Sebastião Buani afirma que esses 40 mil reais foram entregues a um motorista de Severino Cavalcanti. Agora só falta aparecer o cheque.

 

De hoje para amanhã, a coisa vai esquentar."

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