folha de s paulo
BRASÍLIA - A "candidatura" do líder do PT, Arlindo Chinaglia, à presidência da Câmara não durou 24 horas. Sem surpresa. O partido entregou o cargo para Severino Cavalcanti de bandeja, jogou fora a chance de sucedê-lo com Sigmaringa Seixas e agora anda como uma barata tonta. Ganhar é impossível. No máximo, o governo e o PT podem tentar uma saída honrosa.
Chinaglia não tinha consenso na bancada do PT e jamais teria na base aliada ao Planalto. PP, PTB e PL, por exemplo, se rebelam lançando candidatos e discutindo o que fazer num segundo turno com dois candidatos de oposição: José Thomaz Nonô, do PFL, e Michel Temer, do PMDB.
É nessa confusão que governistas voltam a falar de Aldo Rebelo (PC do B) e pensam a sério numa opção inusitada, como a de Francisco Dornelles (PP). Alguns moderados e com trânsito no Planalto imaginam que, para não ficar espremido entre Nonô e Temer, o governo teria de bancar alguém como Dornelles -experiente, leal a Lula e com a vantagem de ser parente do tucano Aécio Neves. Dividiria o PSDB, que tende para Nonô.
Até aqui, o Planalto perde na sucessão de Severino quanto na eleição dele: jogou fora suas chances, não apostou num nome, permitiu o lançamento de Chinaglia e pensou em investir em Temer -que é não só candidato como integrante da tropa de choque tucana no PMDB. Além disso, num confronto Temer-Nonô, o pefelista é considerado mais forte.
A alternativa agora é perder mais ou perder menos, e daí a idéia de bancar Dornelles. Só vale se ele tiver apoio do PT, dos demais partidos aliados, de parte da oposição e, sobretudo, do "baixo clero". A turma do Severino tem muito voto, está órfã e não gosta das "elitezinhas" como Temer e Nonô. Pode definir a eleição.
Com as denúncias em declínio, as cassações andando e o governo isolado, a política fervilha na Câmara. Significa bastidor, conchavo, reunião. Tudo pode acontecer. Da última vez, aconteceu Severino, o breve.
Chinaglia não tinha consenso na bancada do PT e jamais teria na base aliada ao Planalto. PP, PTB e PL, por exemplo, se rebelam lançando candidatos e discutindo o que fazer num segundo turno com dois candidatos de oposição: José Thomaz Nonô, do PFL, e Michel Temer, do PMDB.
É nessa confusão que governistas voltam a falar de Aldo Rebelo (PC do B) e pensam a sério numa opção inusitada, como a de Francisco Dornelles (PP). Alguns moderados e com trânsito no Planalto imaginam que, para não ficar espremido entre Nonô e Temer, o governo teria de bancar alguém como Dornelles -experiente, leal a Lula e com a vantagem de ser parente do tucano Aécio Neves. Dividiria o PSDB, que tende para Nonô.
Até aqui, o Planalto perde na sucessão de Severino quanto na eleição dele: jogou fora suas chances, não apostou num nome, permitiu o lançamento de Chinaglia e pensou em investir em Temer -que é não só candidato como integrante da tropa de choque tucana no PMDB. Além disso, num confronto Temer-Nonô, o pefelista é considerado mais forte.
A alternativa agora é perder mais ou perder menos, e daí a idéia de bancar Dornelles. Só vale se ele tiver apoio do PT, dos demais partidos aliados, de parte da oposição e, sobretudo, do "baixo clero". A turma do Severino tem muito voto, está órfã e não gosta das "elitezinhas" como Temer e Nonô. Pode definir a eleição.
Com as denúncias em declínio, as cassações andando e o governo isolado, a política fervilha na Câmara. Significa bastidor, conchavo, reunião. Tudo pode acontecer. Da última vez, aconteceu Severino, o breve.