Entrevista:O Estado inteligente

domingo, março 11, 2007

Eliane Cantanhêde: Ponto G

Folha de S.Paulo
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> Ponto G
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> BRASÍLIA - Lula agora vai no dia 31 aos EUA e nos dias 16 e 17 de
> abril à Venezuela, bem ao estilo "uma no cravo, outra na
> ferradura". Melhor: bem ao estilo do próprio Lula.
> Em Washington, a intenção é aprofundar as conversas sobre projetos
> ambiciosos do álcool combustível, sobre o fecho da Rodada Doha da
> OMC (Organização Mundial de Comércio) e sobre a intensificação de
> compras e vendas com o maior mercado do mundo. Ou seja: avançar nos
> temas e nos acertos de São Paulo na última sexta-feira.
> Em Isla Margarita, bela praia venezuelana, Lula vai discutir
> exatamente a questão de "energia" com os parceiros da Comunidade
> Sul-Americana de Nações, simpaticamente chamada de "Casa".
> O anfitrião Chávez vai entrar na reunião com o petróleo -que faz
> jorrar dólares, mas é cada vez mais vilão. E Lula vai ostentar o
> memorando de entendimento que fechou na sexta com Bush sobre
> biocombustível -que faz jorrar esperanças e é o mocinho da vez.
> Lula, assim, aprofunda as relações com os Estados Unidos, reforça
> seus laços com os vizinhos mais ou menos pobres e aproveita bem os
> temas e os fóruns internacionais nos quais o Brasil costuma
> brilhar: os de meio ambiente, de fontes alternativas de energia e
> de comércio agrícola global.
> Aí, aliás, é importante perceber uma dica de Lula nas declarações e
> entrevistas de sexta-feira: ele deixou claro que, para fechar os
> acordos da OMC, é preciso que não só os ricos (EUA e Europa) cedam,
> mas que os pobres (e aliados no G-2) também o façam. Como a gente
> ia dizendo, "uma no cravo e outra na ferradura".
> E com o vento a favor: Bush precisa de parceiros confiáveis na
> América Latina, além da Colômbia, o mais fiel; e Chávez só pode
> falar em "aliança bolivariana" no continente com o Brasil dentro.
> Lula é o próprio "Ponto G". O ponto de equilíbrio.
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> elianec@uol.com.br

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