Lula escolheu cinco ministros do MDB e três do PT. Ele não sabe, mas acabou de enfiar o pino de 120 na tomada de 200. |
E assim nos despedimos.
Ou nos encontramos.
E depois de queimarmos um no fogo do outro. Que elegância! Que cachê flamífero, ignívomo, que separação devoradora.
– Como é que vai?
– Assim assim.
– Em casa, todos bem?
– Na mesma.
– Como é que é?
– Sendo.
– Mas quê qué isso?
– Chouriço.
– E agora?
– Suja na mão e bota fora.
– O que é que há?
– Está havendo o diabo e você está no meio.
– Mas posso comer?
– O que não mata, engorda.
– Quando é que você me paga?
– No dia de São Nunca.
– Isso não é novidade.
– As novidades ficam velhas, as velhas não se renovam.
– Que é que você toma?
– Umas e outras. Um pilequinho. Um pilequinho filosófico. Vai-se ao fundo do abismo, sente-se a sedução do inverno, do inferno, eu digo, ouvem-se mensagens de corrupção irresistíveis, tem-se poluições prodigiosas, vêem-se sexos estranhos em formas e tamanhos inenarráveis.
– Influência oriental do Kamasutra, mas eu nasci em Pirapora.
– Toda pergunta tem resposta.
– Todo acontecimento sua hora.
– Toda ascensão sua queda.
– Todo homem seu destino.
– Quem nasceu prego não estranha pancada.
– Pisa o chão com cautela.
– Então vai com Deus, a paz e o livramento.
Se achar um buraco, cai dentro.