Vejam vocês: a Polícia Federal decidiu quebrar o sigilo telefônico de pessoas que pudessem dar pistas do caso do dossiê. Acabou quebrando, “sem querer”, o de dois números da Folha de S. Paulo. Ainda no seu afã investigativo, acabou confundindo o telefone da mulher de Freud Godoy com um celular da Subprefeitura da Sé, cujo titular é o tucano Andrea Matarazzo, também secretário de Subprefeituras e pessoa próxima do ex-prefeito e governador eleito de São Paulo, José Serra — contra quem se fabricou o dossiê. E fez o quê? Mais uma vez, sem querer, quebrou o sigilo deste número também. Por Ranier Bragon e Leonardo Souza na Folha deste domingo: “Um telefone celular da Subprefeitura da Sé teve o seu sigilo quebrado no inquérito da Polícia Federal que investiga a negociação para a compra do dossiê contra candidatos do PSDB. O órgão municipal é comandado pelo coordenador das subprefeituras de São Paulo, Andrea Matarazzo, homem de confiança do governador eleito José Serra (PSDB). Integrantes da Polícia Federal que investigam o caso dizem que ocorreu um erro de digitação. No lugar de solicitar à Justiça autorização para a obtenção de informações do celular de Simone Godoy, mulher do ex-assessor da Presidência Freud Godoy, a Polícia Federal pediu a quebra do sigilo do aparelho da subprefeitura. O nome de Freud surgiu logo no começo das investigações sobre o caso como sendo suspeito de ter ordenado a compra do dossiê.” Chamem Donga. Precisamos de mais um sambinha sobre “o chefe da Polícia pelo telefone...”
Entrevista:O Estado inteligente
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