Lauro Jardim
e-mail: ljardim@abril.com.br
• Câmara
Líder do governo e da Dilma
Dilma Rousseff tem se aproximado de alguns parlamentares. Assim como alguns parlamentares têm ficado mais próximos a ela. Na Câmara, por exemplo, Henrique Fontana, líder do governo, é também o comandante da tropa pró-Dilma.
• Eleições 2008
Duda voltou. Agora, com nota fiscal
Duda Mendonça está de volta às campanhas políticas. Vai atuar como consultor de vários candidatos neste ano. E, no fim deste mês, lançará um blog para falar de marketing político e analisar as campanhas de candidatos em várias cidades. Segundo disse a um político, avisará no próprio blog que de agora em diante só trabalhará com nota fiscal.
A autocrítica da metamorfose ambulante
Recentemente, numa conversa com um ministro, Lula fez uma realista e bem-humorada autocrítica dos tempos em que era o líder da bancada federal do PT em 1987, durante os trabalhos da Constituinte. Lembrou do seu empenho pela aprovação do anteprojeto de Constituição preparado, a pedido do PT, pelo jurista Fábio Konder Comparato. O anteprojeto naufragou. E, hoje, Lula comemora. "Graças a Deus aquilo não foi para a frente", confidenciou Lula. "Senão, o país estaria ingovernável." Quem te viu, quem te vê: a Constituição de 1988, que já amarra muito a vida do país, foi rejeitada pelo PT de então por ser considerada excessivamente "conservadora". |
• Economia
1 bilhão para o BMG
O BMG, líder no setor dos empréstimos consignados, anuncia nos próximos dias um negócio de peso com o UBS. O banco suíço vai aportar 1 bilhão de reais no BMG para um aumento de capital. O segundo passo dessa união de forças se dará em 2009, com a abertura de capital do BMG.
Mudanças no Makro
Rubens Batista, vice-presidente do Makro, está prestes a virar o número 1 de uma das maiores redes atacadistas.
A GP deita na cama
A GP Investimentos está fechando a compra da Ortobom, dona de catorze fábricas e 900 lojas que vendem colchões.
A cana da Odebrecht
A ETH, braço da Odebrecht no sucroalcooleiro, anuncia nos próximos dias a compra da Usina Eldorado, em Mato Grosso do Sul. A Odebrecht entrou no setor em meados do ano passado. Sempre a passos largos, como é característica da empresa.
• Privatização
A Cemig vai à Justiça pela Cesp
A Cemig decidiu entrar de qualquer maneira no leilão de privatização da Cesp, marcado para o fim deste mês – embora o edital proíba estatais estaduais de fazê-lo. Como conseguirá, então? Com o o.k. de Aécio Neves, a Cemig ingressará com uma ação na Justiça, requerendo o direito de participar da venda da Cesp. De certa maneira, é uma espécie de Aécio Neves versus José Serra.
• Cervejas
Guerra de embalagens
A AmBev não desistiu de tentar provar que os selos de alumínio que alguns concorrentes usam para proteger suas latas de cervejas não têm o propalado poder de livrar o consumidor de uma eventual contaminação. A empresa encomendou mais uma pesquisa ao Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea), um instituto especializado no assunto, sobre a eficácia desses selos. A conclusão do Cetea é que eles em si são inócuos, mas, em determinadas situações, podem reter impurezas – se forem mergulhados em água ou gelo contaminado, por exemplo. Aguarda-se o contra-ataque dos concorrentes, sobretudo da Petrópolis, dona da Itaipava.
Ciúme dos cavalos
A Caixa Econômica Federal, dona de várias loterias, resolveu enfrentar a "concorrência": denunciou os jóqueis clubes brasileiros à Advocacia-Geral da União (AGU) por comercializarem apostas de corridas de cavalo transmitidas pela televisão. O objetivo da Caixa é que a AGU faça o Ministério da Agricultura (que regula o turfe no Brasil) revogar a instrução que autoriza esse tipo de aposta. O argumento é que os jóqueis estariam explorando "jogos de azar". O entendimento da Agricultura é que as corridas de cavalo são jogos de prognósticos – como a Loteria Esportiva. Essa modalidade de apostas pela TV, que existe há mais de dez anos, é responsável por 65% das receitas dos hipódromos brasileiros. Apesar da movimentação da Caixa, poucos apostam que a ação prospere. |
• Aviação
E o caos acabou. Será?
A operação especial que a Anac realizou no Natal, no Ano-Novo e no Carnaval – que incluía a presença de diretores e fiscais nos aeroportos – não será feita na Semana Santa. Concluiu-se que a crise aérea é coisa do passado. Haja confiança...
• Propaganda
Dinheiro brasileiro, agência americana
Nizan Guanaes vai abrir uma agência nos Estados Unidos, mais precisamente em São Francisco. Uma agência voltada exclusivamente para a internet. Quem vai tocá-la são o brasileiro P.J. Pereira e o americano Andrew O'Dell, que comandavam uma agência americana nos moldes da que será inaugurada no fim do mês. Os planos de Nizan são ambiciosos. Aos interlocutores mais próximos, tem dito que em um ano abrirá filiais em capitais européias e que tem 100 milhões de dólares para investir no projeto.