O Estado de S. Paulo |
20/3/2008 |
PSDB tenta evitar que briga paulista ganhe dimensão nacional Para efeito externo, a cúpula do PSDB tem feito olhar de paisagem à briga do partido em São Paulo por causa da eleição à prefeitura. A ordem é fazer de conta que o problema é local, passageiro e que, no fim, tudo se ajeita no segundo turno, quando Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab estiverem juntos contra o PT, o adversário real e principal. Mas, internamente, a banda toca em estado de total desafinação e aflição. Nada que aconteça em São Paulo - a base da seara tucana - tem a ligeireza e a simplicidade de uma questão localizada. Nenhum embate em que os sujeitos ocultos sejam os governadores José Serra e Aécio Neves pode ser visto como politicamente irrelevante. Nenhuma questão com potencial repercussão sobre a eleição presidencial de 2010 deixa indiferentes as lideranças do partido País afora. Portanto, a despeito das tentativas de evitar que a briga paulista ganhe dimensão nacional, a direção nacional do PSDB já define o episódio da Prefeitura de São Paulo como o grande desafio a ser vencido pelo partido. A avaliação é de que, se a animosidade entre os grupos do governador José Serra e do ex-governador Geraldo Alckmin não for contida, ela tende a progredir, contaminar o PSDB em âmbito nacional e, no limite, até iniciar um processo de risco ao favoritismo de Serra dentro do partido como candidato a presidente da República. Pelo seguinte: se a coisa desandar de vez em São Paulo, ao ponto de parte considerável do PSDB se engajar na campanha de Gilberto Kassab, do DEM, em detrimento da candidatura de um tucano, Alckmin, Serra ficará diante do restante do partido como desagregador. Ou omisso, caso leve adiante a idéia de lavar as mãos e não se pronunciar durante a campanha se forem mantidas mesmo as duas candidaturas. Isso não é suficiente para minar a primazia de seu nome para 2010, mas pode - vale registrar, na interpretação de dirigentes sem histórico de atritos internos - gerar outras conseqüências. A mais óbvia, a abertura de espaço para Aécio Neves - hoje nitidamente dedicado à tarefa de construir a imagem pública do conciliador - começar a angariar adesões e não apenas simpatias. Outra conseqüência listada no rol de obstáculos para 2010 é transformação de Alckmin num inimigo já não de Serra, mas do PSDB. "E se ele resolver ser candidato a presidente por um outro partido? Seria uma perda considerável de votos em São Paulo", especula um tucano não-paulista, a título de traduzir o tamanho da preocupação ainda contida na cena pública. É tanta que se chega a dizer que o grande teste de Serra dentro do partido para se credenciar definitivamente como candidato em 2010 é conseguir se "acertar com o Geraldo". Seja convencendo Kassab a desistir em nome de algum outro plano, seja levando Alckmin a aceitar candidatura futura ao Senado ou ao governo do Estado. Esta última uma missão quase impossível, reconhece a torcida, porque Alckmin não se abre e não vê Serra como interlocutor confiável. Se é assim, porque o tucanato não se une para ajudar a convencê-lo a esperar dois anos? Porque, tirando o PSDB paulista alinhado a Serra, o restante do partido acha que Alckmin está certo em concorrer agora e não vê no DEM um aliado merecedor de tanto sacrifício. Plano B Como ocorre sempre quando a complicação toma conta da base governista no Congresso, agora na questão das medidas provisórias o Palácio do Planalto tenta abrir conversas com a oposição. A coalizão oficial está dividida entre os parlamentares fiéis ao Planalto, os rebeldes adeptos da mudança no rito das MPs por razões altas e os combatentes da causa por motivações baixas, fisiológicas. Resta a negociação com os oposicionistas, a quem o governo acredita poder sensibilizar com o argumento de que, se ao PSDB interessa voltar em breve à Presidência da República, interessa também preservar os poderes do Executivo tal como estão. Só que as coisas não são assim tão simples. Em princípio, não há otimismo quanto ao acerto porque de outras vezes o Planalto lançou as pontes de aproximação e depois recuou, preferindo se entender com a própria base ao preço de costume. Na segunda-feira à noite os líderes de DEM e PSDB se reúnem para decidir se embarcam ou não no canto do acordo. Ponta-cabeça O presidente do Senado apresenta como "sugestão" ao presidente da República que só edite medidas provisórias dentro do previsto na Constituição e o chefe de Estado e governo - ao recusar outra proposta de ver restrito o número de MPs a serem editadas por mês - manda dizer que não. Se o Supremo Tribunal Federal se pronunciasse a respeito das várias ações sobre o tema já existentes no tribunal, não haveria esse tipo de desobediência institucional: Legislativo e Executivo teriam de cumprir a Constituição e fim de conversa. |
Entrevista:O Estado inteligente
- Índice atual:www.indicedeartigosetc.blogspot.com.br/
- INDICE ANTERIOR a Setembro 28, 2008
quinta-feira, março 20, 2008
Dora Kramer - Alta ansiedade
Arquivo do blog
-
▼
2008
(5781)
-
▼
março
(456)
- do Blog REINALDO AZEVEDO
- Ricardo Noblat Dilma é mãe duas vezes
- Clipping de 31/03/2008
- Clipping do dia 30/03/2008
- Clipping do dia 29/03/2008
- AUGUSTO NUNES- SETE DIAS
- O tribunal do tráfico em ação - O GLOBO
- Miriam Leitão Terreno fino
- Merval Pereira Manobra arriscada
- Dora Kramer Quinze minutos
- João Ubaldo Ribeiro As causas da dengue
- Daniel Piza
- ESTADÃO entrevista: Antônio Barros de Castro
- Alberto Tamer Economia americana resiste à recessão
- Mailson da Nóbrega A usina fazendária
- Suely Caldas A quem servem as elétricas
- Celso Ming
- Gaudêncio Torquato O fogo e a água
- A América se move
- FERREIRA GULLAR Uma questão teológica
- Eliane Cantanhede - Neo-aloprados
- Jânio de Freitas - O dossiê da maternidade
- A República dos dossiês Ruy Fabiano
- do Blog REINALDO AZEVEDO
- Celso Ming A enrascada argentina
- Miriam Leitão
- Merval Pereira Aliança ética no Rio
- Dora Kramer O fiador da reincidência
- FHC afirma que Dilma precisa demitir responsável p...
- RENATA LO PRETE "Pós-Lula", só em 2011
- RUY CASTRO
- MELCHIADES FILHO Ser mãe é...
- CLÓVIS ROSSI Carícias no pântano
- Fausto tropical
- VEJA Carta ao leitor
- VEJA Entrevista:Garibaldi Alves
- Lya Luft
- MILLÔR
- RADAR
- Roberto Pompeu de Toledo
- J. R. Guzzo
- Diogo Mainardi
- REINALDO AZEVEDO
- Corrupção Lula afaga os decaídos
- Cartões Assessora da Casa Civil é acusada de mo...
- Comentårio de Reinaldo Azevedo
- Aloprando no armazém
- O primeiro panelaço de Cristina Kirchner
- Tecnologia O maiô que produz recordes nas piscinas
- O reaquecimento das vocações pastorais no Brasil
- Placar expõe a luta do ex-jogador Casagrande contr...
- Cidades O vetor da dengue: descaso generalizado
- Hannah Montana, o novo ídolo das menininhas
- A classe C já é maioria e revoluciona a economia
- O conteúdo da rede agora em 3D
- Aeroportos tentam amenizar o tormento da espera
- A salada das mil calorias
- Ciência num lugar inesperado
- História A estupidez da censura guardada no Arq...
- Dicas para fazer um bom MBA
- Humor Riso com inteligência no Terça Insana
- Livros Para Ler Como um Escritor, de Francine P...
- Tratados de "pobrologia"
- O documentário de Scorsese sobre os Rolling Stones
- Nelson Motta AMIGO É PARA ESSAS COISAS
- O CRÉDITO E OS MOSQUITOS
- LULA, A ESFINGE SEM SEGREDOS
- Clóvis Rossi - Corrupção por quilo
- Míriam Leitão - Voltas do mundo
- Merval Pereira - No limite
- Luiz Garcia - Coisas municipais
- Com vento de popa
- Celso Ming - Pepino torto
- Dora Kramer - Continuidade entra na pauta
- Clipping de 28 de março
- BRAÇO DIREITO DE DILMA MONTOU DOSSIÊ
- Não falta ninguém em Nuremberg. Falta Nuremberg
- A vivandeira e o destrambelhado
- O espectro do blog ronda o comunismo
- Lula sai em defesa de "Severino Mensalinho"
- Míriam Leitão - Dois detalhes
- Merval Pereira - Armando o tabuleiro
- Jânio de Freitas - O escandaloso sem escândalo
- Eliane Cantanhede - O olho da cara
- Dora Kramer - Latifúndio improdutivo
- Clóvis Rossi - Desigualdade secular
- Celso Ming - A galinha do vizinho
- Clipping de 27/03/2008
- A candidatura de Alckmin
- FHC cobra dados de cartão de Lula, que reage e diz...
- Aula magna de FHC sobre despesas sigilosas
- PSDB se esforça para perder a sucessão de Lula
- Arrogância e audácia
- Dora Kramer - A sinuca do dossiê
- Celso Ming - Trégua nos mercados
- Paulo Rabello de Castro Esta reforma não reforma
- RUY CASTRO Datas
- Clóvis Rossi - Memórias e vergonhas
- Míriam Leitão - O saldo que cai
- Merval Pereira - Tragédia oculta
-
▼
março
(456)
- Blog do Lampreia
- Caio Blinder
- Adriano Pires
- Democracia Politica e novo reformismo
- Blog do VILLA
- Augusto Nunes
- Reinaldo Azevedo
- Conteudo Livre
- Indice anterior a 4 dezembro de 2005
- Google News
- INDICE ATUALIZADO
- INDICE ATE4 DEZEMBRO 2005
- Blog Noblat
- e-agora
- CLIPPING DE NOTICIAS
- truthout
- BLOG JOSIAS DE SOUZA