Entrevista:O Estado inteligente

sábado, março 01, 2008

RADAR

Radar

Lauro Jardim (e-mail: ljardim@abril.com.br)


 
Brasil

Hartung na ponta
O discretíssimo Paulo Hartung é hoje o governador mais popular do país. Uma pesquisa inédita feita em fevereiro pelo Ibope mostra que o governo Hartung tem a aprovação de 88% dos capixabas. Em 2006, concorrendo à reeleição, ele já fora o mais votado do país proporcionalmente, com 77,27% dos votos (Aécio Neves teve 77,03%).

 

 Governo

Lula e Renan
O presidente e o ex-presidente do Senado continuam se falando com freqüência pelo telefone. Atribui-se a Renan Calheiros forte influência sobre cinco senadores – essa é a força de Renan hoje e a razão de tanta conversa.

 

 Eleições 2010

Criador e criatura
Não vão de vento em popa as relações entre José Sarney e Edison Lobão. O motivo do estremecimento é a decisão de Lobão de disputar o governo do Maranhão em 2010. Sarney, padrinho da indicação de Lobão para o Ministério de Minas e Energia, quer que sua filha, Roseana, seja a candidata.

 

A MP do queijo cremoso e do requeijão

Rodrigues Pozzebom/ABR
Câmara: "contrabandos" nas MPs

Um dos esportes prediletos dos parlamentares é reclamar da enxurrada de medidas provisórias que o governo manda ao Congresso – sob Lula já foram 317. Boa parte das queixas é da boca para fora. Uma pesquisa realizada pela Arko Advice, do cientista político Murillo de Aragão, revela que os congressistas usam as MPs para empurrar "contrabandos" e apresentar emendas que às vezes nada têm a ver com o espírito da MP original. Por que fazem isso? Dessa forma, conseguem aprovar muito mais rápido suas propostas, em comparação com a lentidão do trâmite de um projeto de lei. Um exemplo é a MP 413, que trata da Cofins e do PIS-Pasep. Recebeu 185 emendas. Numa delas, o deputado Luiz Carlos Hauly propôs equiparar, para efeito da cobrança dos tributos, o queijo cremoso e o requeijão. Já o deputado Leonardo Vilela quer destinar recursos do FGTS para a construção de armazéns rurais. A moralização do uso das MPs não passa, portanto, só pela limitação do seu uso.

 

 Minas Gerais

Comendo pelas beiradas
Aécio Neves foi convidado para fazer discurso de encerramento do Banco Mundial, no dia 15 de abril. Vai explicar o modelo inédito de financiamento do banco (sem contrapartida financeira) a um estado. O Banco Mundial emprestou 1 bilhão de dólares a Minas Gerais e a sua aplicação será mensalmente avaliada. Ao estado caberá cumprir as metas estabelecidas. O Banco Mundial quer adotar esse modelo para todos os seus financiamentos.

 

 Economia

Tempo de abate no Pão de Açúcar
Em dezembro, Claudio Galeazzi assumiu a presidência do Grupo Pão de Açúcar com a missão de chacoalhar o gigante, que estava pesadão e com rentabilidade insuficiente. Como um cirurgião, Galeazzi resolveu aplicar cortes profundos no paciente: entre terça e sexta-feira passada, demitiu vinte diretores. Já começou a fazer jus a seu apelido – "Galeazzi, o mãos de tesoura".

Confiança nas "mãos de tesoura"
A meta de Galeazzi é ter uma diretoria enxuta, com três diretores apenas. Até agora o mercado tem lhe dado apoio: em fevereiro, as ações do Pão de Açúcar subiram 13% na Bovespa.

Avanço coreano
A Samsung, que inicialmente era somente a fornecedora de tecnologia do Estaleiro Atlântico Sul, que a Queiroz Galvão e a Camargo Corrêa inauguram em junho em Pernambuco, está negociando a compra de 10% da empresa. O Atlântico Sul já possui 1,1 bilhão de reais em encomendas de petroleiros.

Cuidado com a tentação
Crédito abundante, prazos de pagamento a perder de vista? Faça as contas com cuidado. Uma pesquisa inédita da TeleCheque, empresa de concessão de crédito no varejo, feita com 6.400 brasileiros inadimplentes põe a culpa do calote no crédito fácil: 53% dos ouvidos afirmaram estar com dívidas devido à perda do controle de seus gastos. Em 2006, esses consumidores representavam 42% dos entrevistados. Esse descontrole afeta igualmente homens e mulheres, segundo a pesquisa.

 

 Bancos

CEF versus BB
Há uma guerra surda sendo travada pelos dois maiores bancos federais – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Há um ano e meio, o BB pediu autorização ao Banco Central para operar o fervilhante setor de crédito imobiliário. Até agora, nada. No BB, atribui-se a pressões da Caixa a indefinição sobre o assunto.

 

Um novo contrato com a Nike

Oscar Cabral
Teixeira: a França pode valer mais?

No fim do mês, Ricardo Teixeira segue para os EUA para renegociar o contrato de patrocínio da Nike com a seleção brasileira. Hoje, a CBF recebe 22 milhões de dólares por ano. Mas há um acordo verbal entre as partes de que, se o patamar desse tipo de patrocínio for alterado, os valores poderão ser revistos. E isso aconteceu há dez dias, quando a Nike fechou com a seleção da França um contrato de 63 milhões de dólares anuais, valendo a partir de 2011. Ainda que os franceses tenham se beneficiado de uma guerra empresarial entre a Nike e a Adidas, não faz o menor sentido a França valer três vezes mais que o Brasil no fute
bol.

 

 Luxo

Ares aquecidos
Guilherme Leal, fundador e um dos controladores da Natura, está trocando seu jato Excel (de 10 milhões de dólares) por um Legacy, da Embraer (25 milhões de dólares).

Vida de rei
Pelé acaba de voltar de Dubai. Foi tomar posse de uma ilha que ganhou de presente do governo, perto da ilha de Michael Schumacher. Vai construir uma casa.

 

 Televisão

Portas fechadas
Tom Cavalcante sondou a Globo na semana passada. Quer voltar para a emissora. É difícil. Há quatro anos, Tom rompeu com a rede quatro meses antes de o seu contrato acabar e foi para a Record. Na ocasião, ouviu da diretoria da Globo que esperasse o contrato terminar porque, do contrário, as portas da emissora se fechariam para ele.





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