Demétrio Magnoli, eu e muita gente somos contra a implementação da política de cotas raciais nas universidades e o chamado Estatuto da Igualdade Racial. Entendemos que tais políticas, ao contrário de combater o racismo, acabam por institucionalizá-lo. Já participei de alguns debates a respeito. Compareci a um, não faz tempo, na Associação Comercial de São Paulo. Uma ONG, que defende as cotas, chegou a fazer uma convocação, por meio da Internet, para que seus militantes comparecessem ao local. Muitos foram. Alguns tentaram me impedir de falar. Não conseguiram.
Dou grande destaque a esta questão porque estamos vivendo dias muito delicados. O odor que emana de certos procedimentos não é nada bom. Também ele, a exemplo do neo-racismo, remete a um passado perigoso. Há uma máquina sendo organizada no país para satanizar as diferenças e calar o pensamento que ousa divergir do Poder. No programa Roda Viva, Lula, ninguém menos do que o Sumo Sacerdote do petismo, indagado sobre a mentira que o PT espalha de que Alckmin, se eleito, vai privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil, respondeu simplesmente: “Ele que desminta”.
O próprio Tarso Genrso, este que agora ameaça Magnoli com processo, referindo-se a uma afirmação de Alckmin, saiu-se com esta: “No debate que ocorreu na Bandeirantes, ele demonstrou seu lado vendedor, dizendo que ia privatizar o avião da República. Agora está demonstrando um outro lado que é mais perigoso, o lado Pinochet, porque esta ameaça que um governo que será eleito democraticamente não vai começar revela um lado mais Opus Dei do que republicano".
Tarso usava uma das táticas habituais do PT: distorcer a fala do adversário e atribuir-lhe intenções inexistentes, agregando-lhe ilações sorrateiras. Alckmin havia afirmado simplesmente que, dado o plantel de escândalos, um eventual novo governo Lula já nasceria sob o signo de 2010. Em nenhum momento deixou entrever a possibilidade de que Lula não tomará posse.
Dou grande destaque a esta questão porque estamos vivendo dias muito delicados. O odor que emana de certos procedimentos não é nada bom. Também ele, a exemplo do neo-racismo, remete a um passado perigoso. Há uma máquina sendo organizada no país para satanizar as diferenças e calar o pensamento que ousa divergir do Poder. No programa Roda Viva, Lula, ninguém menos do que o Sumo Sacerdote do petismo, indagado sobre a mentira que o PT espalha de que Alckmin, se eleito, vai privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil, respondeu simplesmente: “Ele que desminta”.
O próprio Tarso Genrso, este que agora ameaça Magnoli com processo, referindo-se a uma afirmação de Alckmin, saiu-se com esta: “No debate que ocorreu na Bandeirantes, ele demonstrou seu lado vendedor, dizendo que ia privatizar o avião da República. Agora está demonstrando um outro lado que é mais perigoso, o lado Pinochet, porque esta ameaça que um governo que será eleito democraticamente não vai começar revela um lado mais Opus Dei do que republicano".
Tarso usava uma das táticas habituais do PT: distorcer a fala do adversário e atribuir-lhe intenções inexistentes, agregando-lhe ilações sorrateiras. Alckmin havia afirmado simplesmente que, dado o plantel de escândalos, um eventual novo governo Lula já nasceria sob o signo de 2010. Em nenhum momento deixou entrever a possibilidade de que Lula não tomará posse.
A referência de Tarso a Pinochet tenta associar o candidato ao golpismo — quando foram os aloprados do dossiê que tentaram dar um golpe — e a referência ao Opus Dei, na mesma frase em que aparece o ex-ditador chileno, busca tanto associar o ex-governador à prelazia papal, o que é uma mentira, como atribuir a um grupo religioso uma vocação antidemocrática. Tarso é quem tem de se explicar, não Magnoli. Se eu fosse do Opus Dei — não sou, como dizem, e só observo porque é fato, não porque dê bola aos espadachins da reputação alheia —, entraria com uma ação na Justiça obrigando Tarso a se explicar.
Quem deve satisfações à sociedade é o PT de Tarso Genro. Não só por conta dos 40 quadrilheiros, do mensalão, do cuecão, dos sanguessugas, dos aloprados do dossiê. Mas também pela filiação do PT ao Foro de São Paulo, uma entidade fundada por Lula, da qual participam as Farc — Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, um grupo narcoterrorista. Diogo Mainardi, eu, Magnoli, Alckmin ou o Opus Dei — que não pensamos a mesma coisa e tampouco pertencemos a um partido ou grupo — jamais dividimos a mesa, nem para tomar um café, com facínoras, com assassinos em massa, com traficantes.
É esse o “republicanismo” de Tarso Genro? Não aceita a divergência? Não aceita que suas idéias sejam submetidas a uma análise histórica? Atenção, bravos! Vamos mandar e-mails de protesto ao atual ministro das Relações Institucionais — e-mails com nome, endereço, tudo bonitinho. Em linguagem educada e civilizada. Aproveitem para Lembrar que, como brasileiros, vocês tanto repudiam as táticas de intimidação como esperam que os petistas revelem à sociedade a origem do dinheiro que pagaria o dossiê dos golpistas. Para mandar a sua mensagem, clique aquie selecione o item “Comunicação Imprensa”. Para ler a íntegra do texto de Magnoli, clique aqui.
Só para lembrar
O texto de Magnoli é de abril. Em junho de 2005, estourou o escândalo do mensalão. Tarso deixou o Ministério da Educação para presidir o PT. Prometeu a refundação do partido. Depois de um razoável imbróglio, o comando da legenda foi parar nas mãos de Ricardo Berzoniev. O partido foi de tal sorte “refundado”, que a “nova direção” acabou se metendo no escândalo do dossiê. Tarso, que chegou a se colocar como crítico de Genoino, Delúbio, Dirceu e companhia, está de volta ao governo. Antes, o republicano se fingia de manso e caroável. Agora, adota o estilo pitbull.
Quem deve satisfações à sociedade é o PT de Tarso Genro. Não só por conta dos 40 quadrilheiros, do mensalão, do cuecão, dos sanguessugas, dos aloprados do dossiê. Mas também pela filiação do PT ao Foro de São Paulo, uma entidade fundada por Lula, da qual participam as Farc — Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, um grupo narcoterrorista. Diogo Mainardi, eu, Magnoli, Alckmin ou o Opus Dei — que não pensamos a mesma coisa e tampouco pertencemos a um partido ou grupo — jamais dividimos a mesa, nem para tomar um café, com facínoras, com assassinos em massa, com traficantes.
É esse o “republicanismo” de Tarso Genro? Não aceita a divergência? Não aceita que suas idéias sejam submetidas a uma análise histórica? Atenção, bravos! Vamos mandar e-mails de protesto ao atual ministro das Relações Institucionais — e-mails com nome, endereço, tudo bonitinho. Em linguagem educada e civilizada. Aproveitem para Lembrar que, como brasileiros, vocês tanto repudiam as táticas de intimidação como esperam que os petistas revelem à sociedade a origem do dinheiro que pagaria o dossiê dos golpistas. Para mandar a sua mensagem, clique aquie selecione o item “Comunicação Imprensa”. Para ler a íntegra do texto de Magnoli, clique aqui.
Só para lembrar
O texto de Magnoli é de abril. Em junho de 2005, estourou o escândalo do mensalão. Tarso deixou o Ministério da Educação para presidir o PT. Prometeu a refundação do partido. Depois de um razoável imbróglio, o comando da legenda foi parar nas mãos de Ricardo Berzoniev. O partido foi de tal sorte “refundado”, que a “nova direção” acabou se metendo no escândalo do dossiê. Tarso, que chegou a se colocar como crítico de Genoino, Delúbio, Dirceu e companhia, está de volta ao governo. Antes, o republicano se fingia de manso e caroável. Agora, adota o estilo pitbull.