Entrevista:O Estado inteligente

sexta-feira, outubro 06, 2006

Painel - Pavio aceso

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Folha de S. Paulo
6/10/2006

Um cardeal petista e um conhecido advogado de São Paulo debateram por telefone, anteontem, a seguinte questão: o que poderá acontecer com o mandato do senador Aloizio Mercadante (restam-lhe quatro anos) caso a investigação da Polícia Federal conclua que no R$ 1,7 milhão reunido para pagar o dossiê contra José Serra havia dinheiro da campanha do PT ao governo estadual. A conversa não foi conclusiva. Mercadante tem repetido que desconhecia a armação e o envolvimento de seu braço direito, Hamilton Lacerda, acusado pela PF de carregar a mala pagadora.
No PT, espera-se que apareça no curto prazo um novo personagem no caso. Ele seria, no dizer de um dirigente partidário, "importante figura da República".

Não bate
Petistas que defendem a permanência de Ricardo Berzoini na presidência do partido alegam que seu afastamento põe em xeque a versão segundo a qual o caso do dossiê contra tucanos seria idéia da ala paulista da sigla.

Ponto de vista
Cotado para assumir a presidência do PT caso Berzoini peça afastamento, o coordenador da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, desconversa sobre a reunião da Executiva Nacional hoje: "O problema do partido não é se Berzoini fica ou não. É eleger Lula".

Cnterrâneos
Ciro Gomes (PSB) e Eunício Oliveira (PMDB), campeões de voto no Ceará, e a prefeita Luizianne Lins (PT) vão participar do programa de TV de Lula pedindo que "nordestinos que vivem em São Paulo" votem no petista, pois, com certeza, "têm algum parente que vive melhor" graças a seu governo.

Fixação
O PT estuda levar ao programa eleitoral gratuito a imagem de ACM, grande derrotado na Bahia. A idéia é associar o pefelista a Geraldo Alckmin numa contraposição a Lula, que seria apresentado como alguém que "desmontou oligarquias", apesar de ter José Sarney como aliado.

Boleiro
Após Jutahy Júnior (PSDB) criticar duramente o carlismo diante de Alckmin ontem na Bahia, ACM Neto abriu a reunião dos pefelistas com o tucano com esta: "Queremos agregar, não dividir".

Reservistas
Três gaúchos que integraram o governo FHC vão reforçar a campanha de Alckmin. Eliseu Padilha (PMDB), até então coordenador estadual, ficará em Brasília e terá a ajuda do também ex-ministro Francisco Turra (PP) e de Osmar Terra, que foi secretário-executivo do Comunidade Solidária.

Santo de casa...
Yeda Crusius prepara comício de Alckmin em Santa Maria, do prefeito Valdeci Oliveira, que deixou a coordenação gaúcha da campanha de Lula para dar lugar a Miguel Rossetto.

...não faz milagre
Na cidade administrada por Oliveira, o presidenciável tucano bateu o petista com 60% dos votos no primeiro turno.

Prato frio
Em conversa com aliados, Mendonça Filho (PFL) tem ameaçado pegar pesado com Eduardo Campos (PSB) na propaganda eleitoral pernambucana. "Ele se faz de santinho, mas pôs meu pai no horário eleitoral. Ele que me aguarde", repete o pefelista.

Visitas à Folha
Walter Nunes da Silva Júnior, presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Nino Oliveira Toldo, vice-presidente da 3ª Região, de José Eduardo Leonel Ferreira, diretor, de Paulo Ricardo Arena Filho, secretário-geral, e de Marcello Granado, juiz federal.

Clifford Sobel, embaixador dos Estados Unidos no Brasil, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Christhopher McMullen, cônsul-geral em São Paulo, e de Jennifer Bullock, adida de imprensa do consulado.

Tiroteio

"Se Frateschi também tivesse sido fraterno com Lula, não estaríamos discutindo segundo turno."
Do deputado federal WALTER PINHEIRO (PT-BA) sobre o presidente do PT paulista, Paulo Frateschi, que defendeu os envolvidos na tentativa de compra do dossiê contra os tucanos e criticou o presidente Lula por tratá-los de "maneira muito pesada"

Contraponto

Imagem é tudo

Como parte da recente política governamental de afagos à imprensa, repórteres foram chamados a falar com os ministros ao final da reunião em que foi discutida sua participação na campanha de Lula. Após alguns minutos de entrevista de Dilma Rousseff (Casa Civil), o anfitrião, Hélio Costa, pediu que fosse feita a última pergunta.
-Olha só, que chique o assessor de imprensa que eu arrumei: o ministro das Comunicações!-, observou Dilma.
Os repórteres, então, abordaram Guido Mantega (Fazenda), que no dia anterior havia sido acusado de usar o cargo para fazer campanha. Ele avisou que não falaria.
-Guido, trate os meninos melhor !- cobrou Dilma.

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