Entrevista:O Estado inteligente

segunda-feira, agosto 13, 2007

Mi Buenos Aires querido

Enquanto isso, num grande país ao sul do rio da Prata, a bruxa ronda o casal imperial, oops, presidencial Néstor e Cristina Kirchner – ela, candidata favorita à sucessão do marido, em outubro próximo.

Uma enxurrada de escândalos envolvendo ministros e assessores do presidente põe em xeque a disposição de Néstor Kirchner de afastar e punir os suspeitos.

Claro que o presidente argentino declarou que a descoberta dos escândalos é resultado do trabalho de controle e fiscalização de seu governo.

Nas palavras do presidente Kirchner, “pela primeira vez, na história da Argentina, se combate a sério a corrupção”.

Vamos aos escândalos.

A ministra da Economia, Felisa Miceli, foi demitida depois que apareceu no banheiro do seu gabinete uma mala com 100 mil pesos e US$ 31 mil em dinheiro. Ela declarou que o dinheiro serviria para comprar um imóvel, mas não conseguiu comprovar a origem dos recursos.

A ministra da Defesa, Nilda Garré, foi indiciada por contrabando de material bélico subfaturado.

A secretária de Meio Ambiente, Romina Picolotti, teria contratado irregularmente cerca de 300 funcionários, entre eles seu irmão.

(Como tem mulher envolvida em falcatruas, meu Deus!)

O poderoso ministro do Planejamento, Júlio Miguel De Vido, está no centro de um escândalo cabeludo, envolvendo a construtora sueca Skanska, que admitiu ter pagado propina no valor de 13 milhões de pesos para vencer uma licitação para a construção de um gasoduto. Dois funcionários do Ministério do Planejamento, cujo envolvimento já ficou comprovado, foram demitidos.

Finalmente, o escândalo mais recente. O presidente do Ente Regulador de Pistas (a ANTT argentina, agência reguladora das estradas), Claudio Uberti, deu carona em um avião ao venezuelano Guido Antonini Wilson, que entrou no país com uma mala contendo US$ 790 mil.

Suspeita-se que sejam “recursos não contabilizados” para ajudar na campanha da primeira-dama à presidência da República.
Uberti e De Vido foram importantes arrecadadores de campanha de Kirchner. A oposição suspeita que os dois estejam fazendo o mesmo papel na campanha de Cristina Kirchner.

Como diz o coleguinha Ancelmo Gois, deve ser horrível viver num país onde o presidente da República é cercado por tantas malas de dinheiro e tanta gente mal intencionada.

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