Por Célia Froufe e Cynthia Declordt, da Agência Estado. Volto depois:
A eleição de 2010 independe da crise financeira, na avaliação do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). "Não aposto nunca no quanto pior, melhor e não acho que a eleição de 2010 dependa de crise econômica. Acho que a oposição pode ganhar em 2010 sem que exista crise econômica, com a economia indo bem, que é o que eu prefiro", afirmou hoje, em entrevista coletiva após participar do encerramento do 3º Congresso Internacional de Derivativos e Mercado Financeiro.
Serra também afirmou que há uma politização muito forte no governo federal, inclusive na esfera das empresas, o que conspira contra a eficiência do setor público. "Há evidências claras e, infelizmente não é um fenômeno que estou descobrindo e preocupa o crescimento excessivo dos gastos correntes, quando os investimentos estão ficando para trás", afirmou.
Mais cedo, no pronunciamento, o governador havia reforçado de que há apenas diretores técnicos comandando as empresas estaduais, mas negou depois para a imprensa que esta fosse uma indireta ao governo federal. "Não mandei recado para ninguém. Esta minha forma de trabalhar é conhecida", disse. Ele voltou a dizer que os diretores foram contratados de maneira impessoal. Quando questionado sobre a decisão de ter trocado os presidentes da Nossa Caixa e da Sabesp, Serra respondeu que esta substituição era "evidente". "Nova administração, novas diretorias."
Slogan
Serra disse ainda que a expressão "herança maldita", usada por integrantes do governo do PT é apenas um slogan político. "A herança deixada pela administração do (ex) presidente Fernando Henrique para o presidente Lula foi boa em matéria de instituições econômicas, de estabilidade e tudo mais", comentou. Ele lembrou do período de inquietação no mercado financeiro, no ano eleitoral de 2002, mas afirmou que este estresse não foi de responsabilidade do governo de então. "(Isto ocorreu porque) Se temia que o PT fosse aplicar o seu programa de governo", explicou.
Voltei
A fala de José Serra está correta. No artigo que escrevi na VEJA no começo deste mês, eu dizia justamente que é preciso (re)descobrir a política que está além da “crise econômica” — precisamos aprender a conviver sem ela, afastada, em grande medida, em razão das escolhas dos dois mandatos de FHC.
Esse negócio de que só uma crise tiraria um terceiro mandato do PT é coisa de... petistas. Querem justamente pregar nos adversários a pecha do “quanto pior, melhor”. Nada disso. “Quanto melhor, melhor”. É preciso ter a economia funcionando, no que NÃO depende do governo, para que se possa corrigir, então, o que depende: incompetência, corrupção, aparelhamento do estado. É preciso que o PT pare de atrapalhar o Brasil.
A eleição de 2010 independe da crise financeira, na avaliação do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). "Não aposto nunca no quanto pior, melhor e não acho que a eleição de 2010 dependa de crise econômica. Acho que a oposição pode ganhar em 2010 sem que exista crise econômica, com a economia indo bem, que é o que eu prefiro", afirmou hoje, em entrevista coletiva após participar do encerramento do 3º Congresso Internacional de Derivativos e Mercado Financeiro.
Serra também afirmou que há uma politização muito forte no governo federal, inclusive na esfera das empresas, o que conspira contra a eficiência do setor público. "Há evidências claras e, infelizmente não é um fenômeno que estou descobrindo e preocupa o crescimento excessivo dos gastos correntes, quando os investimentos estão ficando para trás", afirmou.
Mais cedo, no pronunciamento, o governador havia reforçado de que há apenas diretores técnicos comandando as empresas estaduais, mas negou depois para a imprensa que esta fosse uma indireta ao governo federal. "Não mandei recado para ninguém. Esta minha forma de trabalhar é conhecida", disse. Ele voltou a dizer que os diretores foram contratados de maneira impessoal. Quando questionado sobre a decisão de ter trocado os presidentes da Nossa Caixa e da Sabesp, Serra respondeu que esta substituição era "evidente". "Nova administração, novas diretorias."
Slogan
Serra disse ainda que a expressão "herança maldita", usada por integrantes do governo do PT é apenas um slogan político. "A herança deixada pela administração do (ex) presidente Fernando Henrique para o presidente Lula foi boa em matéria de instituições econômicas, de estabilidade e tudo mais", comentou. Ele lembrou do período de inquietação no mercado financeiro, no ano eleitoral de 2002, mas afirmou que este estresse não foi de responsabilidade do governo de então. "(Isto ocorreu porque) Se temia que o PT fosse aplicar o seu programa de governo", explicou.
Voltei
A fala de José Serra está correta. No artigo que escrevi na VEJA no começo deste mês, eu dizia justamente que é preciso (re)descobrir a política que está além da “crise econômica” — precisamos aprender a conviver sem ela, afastada, em grande medida, em razão das escolhas dos dois mandatos de FHC.
Esse negócio de que só uma crise tiraria um terceiro mandato do PT é coisa de... petistas. Querem justamente pregar nos adversários a pecha do “quanto pior, melhor”. Nada disso. “Quanto melhor, melhor”. É preciso ter a economia funcionando, no que NÃO depende do governo, para que se possa corrigir, então, o que depende: incompetência, corrupção, aparelhamento do estado. É preciso que o PT pare de atrapalhar o Brasil.