SÃO PAULO - Sumária vista d'olhos sobre figuras de proa da era Lula no Legislativo:
1 - João Paulo Cunha. Foi o primeiro presidente da Câmara na então nova era. Hoje, é réu, acusado de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Injustiça. O rapaz mandou a mulher pagar a conta da TV a cabo no banco, e ela saiu de lá com R$ 50 mil. Se ensinasse o truque a todos os brasileiros, seria o verdadeiro Fome Zero.
2 - Severino Cavalcanti. Foi o segundo presidente da Câmara na já não tão nova era. Renunciou para não ser cassado por falta de decoro. Assim mesmo, foi cassado pelos eleitores, que não o devolveram à Câmara. Típica ausência que preenche uma lacuna, se você me entende.
3 - Renan Calheiros. Atual presidente do Senado. Candidato certo ao livro dos recordes no quesito desfaçatez. Enfrenta três representações por falta de decoro, no Conselho de Ética da Casa, mas teve a tremenda cara-de-pau de dar o voto de Minerva para evitar que um colega fosse submetido a processo similar. Parece a típica aposta no mercado futuro: se, amanhã ou depois, o caso Renan for a votos, o beneficiado de ontem forçosamente será o "benefactor" de amanhã.
4 - Professor Luizinho - Foi líder do governo na Câmara quando era presidida por João Paulo Cunha (foi líder, sim, acredite).
Agora, é réu, acusado de lavagem de dinheiro.
O espaço não permite alongar a lista, mas é indispensável acrescentar que, fora esses dados, digamos, biográficos, não se conhece uma única idéia, tese, proposta, ação relevante de qualquer dos quatro, exceto de Calheiros.
Ele foi um dos responsáveis pela invenção da candidatura Fernando Collor, o que o torna imbatível para o livro dos recordes no verbete desfaçatez.
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