RIO DE JANEIRO - Vejo pouco televisão e menos ainda comerciais. Mas, sempre que um desses me pega desprevenido, as imagens contêm uma das três alternativas: carro em alta velocidade, garotas de biquíni numa praia de estúdio ou jovens com jeito e fala de sorvete na testa. O produto a ser vendido pode variar: cerveja, refrigerante, banco, celular ou gasolina. O importante é que não tenha a ver com o que está sendo mostrado. É raro, mas, às vezes, um comercial estrelado por um carro em alta velocidade se propõe a vender um carro, não uma geladeira das Casas da Banha.
Não por acaso, há um desses comerciais na praça. Depois de mostrar o herói num barco ou num furacão, para dizer que ele gosta de emoções violentas, transfere-o para um carro novo que dispara por um túnel, num pega noturno com outros dois, a 300 km por hora. Eu sei, é um truque, e talvez seja impossível correr tanto dentro de um túnel. Exceto se isso for um privilégio do carro em questão. O comercial não explica se o pega deve ser combinado com os outros motoristas que só querem chegar inteiros em casa.
Atendendo a denúncias de um deputado e de uma vereadora cariocas, o Conar, órgão que regula a publicidade no país, acaba de tirar essa campanha do ar. Mas não é uma decisão final e nada impede que ela volte. Daí, e até que alguma coisa se resolva, a campanha já terá cumprido seu papel e saído das telas. Às famílias, restará contar os cadáveres das ruas e das estradas provocados por este comercial e por outros que incitam a iguais emoções.
Aliás, essa conta acaba de ser feita. Morrem 35 mil pessoas por ano no trânsito brasileiro. As causas podem ser álcool, drogas, falta de cinto de segurança ou buraco na pista. Mas, em nenhuma dessas mortes, o carro assassino estava correndo de menos.
Entrevista:O Estado inteligente
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