FOLHA
SÃO PAULO - Não dá para discordar de João Paulo Rodrigues, líder do MST, quando ele diz o seguinte: "Nós não entendemos a revolução como a tomada do Estado através de armas. Isso já está superado. Nós entendemos a revolução como uma forma de resolver a desigualdade social. Compreendemos que só é possível fazer isso no Brasil conjugando luta com o processo eleitoral".
Antes que a patrulha da direita pratique o fuzilamento ritual, uma observação: é evidente que só dá para concordar com o dirigente do MST se ficar claro que o limite da "luta" é o respeito à lei. Não há convivência civilizada sem ele, e é bom deixar claro que, muitas vezes, o MST tem violado esse limite.
Mas a frase de Rodrigues traz, embora diluída, a idéia de que a lei é o limite ao descartar a "tomada do Estado através de armas", hipótese que caiu em desuso. Tranqüilizem-se, pois, os que temem palavras. Não é a fala de um bolchevique.
E não há tampouco que temer a palavra "revolução". Aliás, em um país como o Brasil, ainda semifeudal em muitos aspectos, revoluções são, sim, necessárias. O problema é que, aqui, em geral as revoluções terminam ou mudando tudo para deixar tudo como está ou fazendo o inverso do que se supunha ou se prometia fazer.
Vide 1964: a chamada "revolução" era supostamente contra o comunismo e, por extensão, contra o avanço do Estado. Terminou sendo o período de maior intervencionismo estatal na história da República, na economia e no direito à vida dos brasileiros.
Agora, Rodrigues fala na modesta revolução para "resolver a desigualdade social". A história universal demonstra que, de fato, sem mobilização e sem luta, pouco ou nada se avança nessa direção.
No Brasil, os governos FHC e Lula demonstram cabalmente que até dirigentes que tinham um bem calibrado discurso pela igualdade, uma vez eleitos, produzem avanços igualmente milimétricos.
No conceito, bem-vinda, pois, a "revolução". Resta ver a prática.
Entrevista:O Estado inteligente
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