FOLHA
LA PAZ - Hugo Chávez, na Venezuela, e Evo Morales, na Bolívia, são resultado de processos muito semelhantes de desgaste das forças conservadoras e corruptas que mandaram e desmandaram na região durante décadas. E ambos têm forte identidade com seus povos, além de projetos populistas, nacionalistas e de inclusão.
Mas há uma diferença fundamental além do petróleo que jorra muito mais forte na Venezuela: Chávez abriu guerra contra os EUA, mantendo uma política de paz com o Brasil; e Morales abre guerra tanto contra os EUA como contra o Brasil. Ele é contra impérios e deve considerar o Brasil imperialista na região.
Em entrevista ao "Roda Viva", gravado no Palácio Quemados, em La Paz, para ir ao ar amanhã à noite na TV Cultura, Evo Morales bateu duro na Petrobras, disse que a Bolívia vem sendo "saqueada" por empresas estrangeiras e acusou a EBX (do empresário Eike Baptista) de agir "ilegal e ilegitimamente" no país. Deve ter boas razões. Mas, por três vezes, reconheceu as implicações do gesto ao ressaltar que não é o caso de "romper relações" com o Brasil. E quem falou em rompimento de relações? Deve ter sido ato falho. Ou recado.
Ele está nacionalizando a produção e exploração de petróleo e gás, aumentou significativamente os impostos no setor, está na bica de quebrar contratos de duas refinarias com a Petrobras e enxota a EBX. É guerra.
Primeiro indígena a se eleger e assumir a Presidência na Bolívia, Morales tem o gás natural e o gás político que a população lhe dá, até pela identificação. O que preocupa é que ele e seu discurso transmitem uma ingenuidade quase comovente, num mundo nada ingênuo dos mercados, em que os pobres se digladiam pelos investimentos dos ricos.
Essa, aliás, é outra diferença. Chávez é um guerreiro armado de petróleo e popularidade que atira retórica contra os EUA sem explodir negócios. Morales parece um Quixote sem moinhos, usando duas munições para atingir contratos: gás e esperança.
Entrevista:O Estado inteligente
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