23.8.2007
| 9h20m
Conversei agora de manhã com fontes do Judiciário sobre o caso dos e-mails dos ministros do Supremo publicado no GLOBO de hoje.
O que me disseram é que, primeiro, não se configura invasão de privacidade porque a sessão é pública, e os computadores estavam abertos com a troca de correspondência entre eles, exposta aos jornalistas.
O segundo, o que espanta é o fato de os ministros combinarem voto, ou acertarem encontros para formar juntos a opinião:
-O colegiado existe para que cada um vote com a sua cabeça. Não é normal que ministros conversem sobre o voto a proferir. A revelação desse bastidor escancara uma situação de fragilidade e agora a cobrança sobre eles será muito maior - disse um fonte do Supremo.
Os dois no caso são a ministra Carmen Lúcia e o ministro Lewandowski. Nos e-mails, eles mostram um comportamento que, segundo me garantem as fontes, não é usual no Supremo,onde cada um forma seu próprio juizo a partir das discussões públicas e não das conversas privadas. A palavra usada no STF é espanto.