Entrevista:O Estado inteligente

segunda-feira, setembro 25, 2006

Vigilância democrática

Vigilância democrática

Augusto de Franco (25/09/06 17:10)

Se está correta a nota publicada há pouco pelo Noblat em seu blog, segundo a qual "a Polícia Federal avisou: antes do primeiro turno das eleições não dará nenhuma pista da origem do dinheiro usado para comprar o dossiê", as oposições devem conclamar a população a entrar em estado de vigilância democrática. Trata-se, evidentemente, de um golpe na democracia. Identificado o banco, não há como não saber a conta de onde a quantia foi sacada. O COAF também sabe. Assim, pelo menos duas instituições do Estado estão sendo claramente manipuladas pelo candidato de um partido para esconder dos eleitores fato grave que pode prejudicá-lo. Foi cometido um crime por um dos partidos que concorrem às eleições. Nestas circunstâncias - isso deve ser dito e denunciado, dentro e fora do país - as eleições não são mais legítimas. Ponto. Retroceder nesse ponto é colaborar com um atentado ao processo democrático.

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Só depois das eleições

Ricardo Noblat, Blog do Noblat (25/09/06 15:56)

A Polícia Federal avisou: antes do primeiro turno das eleições não dará nenhuma pista da origem do dinheiro usado para comprar o dossiê que ligaria José Serra do PSDB à Máfia dos Sanguessugas, responsável por vender ambulâncias superfaturadas. Até agora os investigadores só identificaram de onde saíram R$ 25 mil de um total de R$ 1,7 milhão (R$ 15 mil vieram do Bradesco, R$ 5 mil do Banco Safra e outros R$ 5 mil do BankBoston).

Hoje o delegado Luiz Flávio Zampronha pediu ajuda ao Coaf para identificar de onde vieram os recursos. E pelo o que viu sabe que será mais fácil descobrir a origem dos dólares apreendidos do que a origem do dinheiro sacado no Brasil.

O Coaf já analisou as contas dos principais envolvidos - Valdebran Padilha, Expedito Afonso, Jorge Lerenzetti e da ONG Unitrabalho -, mas não identificou nenhuma movimentação atípica.

A oposição vai chiar.

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