| Adauri Antunes Barbosa |
| O Globo |
| 12/5/2006 |
Embora elogie o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por considerar que ele priorizou o combate à fome, a coordenadora e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, não faz um balanço positivo da área social e não perdoa o que considera "muito feio" no país, a malandragem e a desonestidade. Ela sugeriu como exemplo de bom governo ações em bolsões de miséria. — Ele (Lula) abriu os olhos para a pobreza mas faltou planejamento, assim a curto, médio e longo prazo para realmente promover a inclusão social sustentável. Mas houve um esforço de todas as partes, e isso foi muito importante. Agora, o que foi muito feio foi tanta malandragem, tanto problema de desonestidade. Isto foi mau exemplo para o Brasil. Que vergonha, gente. Zilda Arns disse que é uma "vergonheira" o que os deputados envolvidos no esquema sanguessuga estão fazendo, roubando recursos destinados à saúde A irmã do arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, participou em Itaici, localidade de Indaiatuba, na região de Campinas, de reuniões da 44 Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ela pediu a mobilização da sociedade, da Justiça e dos políticos para acabar com "as máfias que têm muitas raízes". — É uma vergonheira. É uma pena. Existem tantos deputados e senadores excelentes, mas existe esse tipo de deputado que tira o sangue da saúde, do SUS, que é o melhor sistema do mundo por atender a todos, todos os pobres têm direito. No entanto, não tem dinheiro para desenvolvê-lo e ainda vão roubar. Isso é uma coisa incrível — disse dona Zilda. Segundo ela, as "máfias" usam de habilidade para conquistar parlamentares que não têm "personalidade boa". — Para acabar com as máfias é preciso que toda a sociedade e todos os políticos e, vamos dizer, o Ministério Público, se envolvam, porque essas máfias têm raízes em muitas áreas, não é só na área da saúde. E têm uma habilidade de penetração que, quando pegam um deputado que não tem uma personalidade boa, transparente, comprometida, realmente ele se deixa levar por essa máfia. Isso é uma vergonha, viu. Para a coordenadora nacional da Pastoral da Criança, que é vinculada à CNBB, escândalos que envolvem "tanta roubalheira", como esse dos deputados sanguessugas, prejudicam a imagem do país e afastam os que querem ajudar. — Esses escândalos prejudicam o Brasil, que tem tantos pobres e tem tanta roubalheira. Naturalmente que quem tem vontade de ajudar o Brasil fica pensando: "Eu ajudo o Brasil e eles estão lá roubando o dinheiro público". Eles são inconvenientes para o país — advertiu. Vinculando os escândalos e denúncias envolvendo deputados e outros políticos, ligados a esquemas de corrupção como o valerioduto, Zilda Arns questiona o que é gasto em propaganda política: — A gente fica pensando, de onde vem todo esse dinheiro que agora está sendo gasto na publicidade, na propaganda política. De onde vem esse dinheiro? Apesar das críticas ao sistema de progressão continuada implantado no estado de São Paulo pelos governos do PSDB, que muitas vezes permite que um aluno passe de ano sem sequer saber ler e escrever, Zilda Arns defendeu o método. Para ela, permitir que o aluno não seja reprovado é uma "intenção boa" e que, muitas vezes, "o problema está na qualidade do professor". Ela é uma defensora do ex-governador paulista e pré-candidato tucano à presidência da República. — Alckmin é uma pessoa que merece ser presidente do Brasil. Ele tem todas as condições, foi um bom administrador, é uma pessoa honesta. Ele com certeza vai avaliar todo o processo para ver como implementar em nível nacional — disse. |
Entrevista:O Estado inteligente
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sexta-feira, maio 12, 2006
Zilda Arns: ‘Foi muito feio tanta malandragem’
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