| Artigo - Antonio Penteado Mendonça |
| Gazeta Mercantil |
| 12/5/2006 |
A reação da sociedade aos fatos parece ir pelo melhor caminho. Falar em mensalão, corrupção, nepotismo, crime organizado, assalto aos cofres públicos ou outro tema negativo que envolva a administração pública brasileira é chover no molhado e repetir o que gente mais qualificada tem apontado e analisado todos os dias, desde o momento em que foram feitas aquelas fatídicas declarações do ex-deputado federal Roberto Jefferson. Não que os temas não devam continuar na imprensa e nas discussões da sociedade, inclusive para balizar as intenções de voto nas eleições de outubro próximo, tendo com parâmetro para a escolha dos candidatos as ações vergonhosas, imorais e ilegais diariamente praticadas por homens ditos públicos, mas que, de verdade, só estão confundindo o público com o privado, dispostos a se perpetuarem no poder, não pelo interesse do Brasil, mas pelo que cai no próprio bolso. O que me parece importante salientar é o outro lado desta moeda, que aparece para o mundo como suja e podre, diminuindo o Brasil diante da comunidade internacional e os brasileiros de bem diante de si mesmos todas as vezes que se olham no espelho. Porque existe um outro lado. E o dado bom é que esse lado é limpo e honesto e está começando a saturar-se dos desmandos que têm pautado a vida pública nacional há algum tempo e que vem sendo dramaticamente revelados ao longo dos últimos meses. Obviamente a aparente impressão de apatia geral deve-se ao fato de a sociedade ainda estar desnorteada em face de situação tão difícil de entender e, conseqüentemente, aceitar. A cada dia que passa, entretanto, alguma parte da sociedade se estrutura de maneira organizada para combater o lado escuro que, no presente, afeta a vida de todos nós. A cada dia que passa um novo grupo cria uma nova forma de pressão ou de resistência ao que, pegando-nos a todos desprevenidos, deixou-nos sem ação por um tempo. Por um tempo apenas. O dado mais sintomático dessa mudança de ventos foi, sem dúvida nenhuma, uma peça que não teve o destaque que merecia nos órgãos de imprensa do País. O discurso de posse do ministro Marco Aurélio Mello na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é destes textos que deveriam ser peça obrigatória das coletâneas de discursos públicos nacionais pelo que tem de positivo, pela transparência, lucidez, coragem, honestidade e desassombro com que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) colocou o atual momento político brasileiro. Com rara felicidade Sua Excelência deu uma aula de inteligência, preparo para a vida pública e para o desempenho do cargo que assumia e compreensão do cenário político e ético da Nação. Foi muito além, contudo, fazendo uma crítica severa às práticas imorais e ilegais em vigor, apontando os descalabros que minam a base moral do nosso país. O melhor é que o discurso inspirado do ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral é uma peça concreta e de aplicação imediata. Nele estão claramente definidas quais as regras que prevalecerão nas eleições e, desde já, está dito que a situação se encontra, felizmente, com os dias contados. À medida que mais brasileiros em posição de destaque venham se somar ao que está sendo feito e à medida que as críticas e as novas soluções forem sendo conhecidas pela população, com certeza o Brasil sairá de sua mais grave crise moral fortalecido, com os princípios éticos e com o orgulho nacional resgatados e pronto, como nação, para o salto de qualidade que nos fará um país mais justo e melhor para todos os brasileiros. kicker: O discurso do novo presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, é uma peça concreta e de aplicação imediata (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 3)(Antonio Penteado Mendonça - Do escritório Penteado Mendonça Advocaci |
Entrevista:O Estado inteligente
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sexta-feira, maio 12, 2006
O outro lado da moeda da crise
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