Entrevista:O Estado inteligente

quarta-feira, junho 08, 2005

Bola da vez por Sebastião Néry

 Tribuna da imprensa


O mais grave é que não há sinal ou segurança de que a crise, que paralisou o Congresso e o governo, pare por aí. Em Brasília, espera-se, a qualquer hora, em uma das revistas semanais, mais uma trovejante explosão.

Nos gabinetes do governo, ministérios, Congresso, estatais, sabe-se que a bola da vez é um fantasma que deveras existe, o Veras, Zuleido Soares de Veras, lorde paraibano, baiano de formação e cosmpolita por opção. Discreto, elegante, com indecifrável e permanente sorriso de Monalisa encoberto por um vasto bigodão mexicano, é um Zapata que trocou o fuzil pela mala preta.

Desfila, impávido colosso econômico, pelos corredores do poder, restaurantes famosos, hotéis cinco estrelas, jatinhos e jatões. No Planalto, no Alvorada, no Torto, está sempre em todo lugar. Dono da "Gautama" e da "Mandala", as duas empreiteiras que mais faturam no Brasil do PT, já foi o grande artífice do crescimento da OAS, que separou Antonio Carlos do genro.

No Maranhão de Jorge Murad, ele dava as cartas. No Maranhão de José Reinaldo, ele manda. No Tocantins, mandou e manda. O governador o chama "meu líder". No Pará, Bahia, Alagoas, onde obras há, lá está nosso herói. E ganhou também da Aneel três rentáveis usinas hidrelétricas em Goiás.

Tem um dos trechos mais gorduchos da adutora do São Francisco que, na CPI das Obras Públicas, chamou a atenção de um petista sério, o deputado João Coser, hoje prefeito de Vitória, que quis ver o contrato da empreitada e foi um Deus nos acusa: o Delubio Azul baixou em Brasília de jatinho fretado. Quem bem sabe dele é Jader Barbalho, Antonio Carlos e Renan Calheiros."

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