Complica-se a situação de Marcos Valério:
o Banco Central detectou saques milionários
em dinheiro associado a contas do empresário,
acusado de ser o pagador do mensalão
NO OLHO DO FURACÃO
Marcos Valério, acusado de ser o pagador do mensalão: saques vultosos em dinheiro vivo
Acusado pelo deputado Roberto Jefferson de ser o homem-chave do esquema do mensalão, o empresário Marcos Valério terá trabalho para provar sua inocência. VEJA apurou que técnicos do Banco Central em Belo Horizonte já detectaram diversos saques em dinheiro, em valores vultosos, de contas de Marcos Valério e de suas empresas no Banco Rural, em Belo Horizonte. Pior: quem viu esses dados diz que as datas e os valores dos saques guardam uma incrível sintonia com os relatos feitos por Jefferson e pela ex-secretária do publicitário, Fernanda Karina Somaggio. Jefferson afirma ter recebido do PT 4 milhões de reais, na primeira quinzena de julho de 2004, para financiar a campanha eleitoral do PTB. Segundo ele, o pagamento teria sido feito em dinheiro pelo próprio Valério, em duas ocasiões. Na sexta-feira passada, o empresário falou a VEJA. Afirmou que suas contas bancárias estão à disposição das investigações ("Não encontrarão nenhuma transferência de dinheiro para deputados ou partidos políticos"), mas avisa que costuma fazer vultosas movimentações financeiras, algumas em dinheiro vivo. "Lido com gado", explica. "Há fazendeiros que simplesmente não aceitam cheque." Valério revelou novos contornos de suas relações com o governo Lula. Já se sabia que ele tinha um trânsito extraordinário nos círculos do poder: era amigo do peito do tesoureiro do PT, Delúbio Soares; do ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha; do secretário-geral do partido, Silvio Pereira; e do deputado Virgílio Guimarães – que, conforme VEJA havia publicado, foi quem o apresentou a Delúbio.
Agora, Marcos Valério revela que também freqüentava o Banco Central e os gabinetes do ex-ministro dos Transportes, Anderson Adauto, e do atual da Saúde, Humberto Costa. Mais: admite que esteve "quatro ou cinco vezes" no 4º andar do Palácio do Planalto – "na ante-sala" do ministro José Dirceu. Ante-sala? Sim, pois, nesse caso, seu contato teria sido apenas com Sandra Cabral, chefe-de-gabinete do ex-ministro da Casa Civil. O motivo das visitas, segundo Valério, é no mínimo curioso: Sandra, nascida em Goiás, é conterrânea do tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Valério e Sandra costumavam trocar idéias a respeito de uma possível candidatura do amigo comum, Delúbio Soares, a deputado federal pelo estado. É de estranhar que um homem acostumado a transitar entre tantos manda-chuvas se dê ao trabalho de ir ao gabinete da Casa Civil da Presidência da República somente para bater papo com uma assessora. Ainda que não sirva para convencer, o argumento de Valério ao menos será útil para justificar as visitas de um empresário sem nenhuma relação com o Palácio do Planalto ao gabinete do ex-homem forte do governo – obrigatoriamente registradas.
A relação entre José Dirceu e o suposto "homem da mala" no esquema do mensalão ganhou contornos mais misteriosos depois do depoimento que o ex-chefe da Casa Civil prestou à Corregedoria da Câmara na última quinta-feira. Perguntado se conhecia Valério, Dirceu admitiu que sim. Questionado se a relação seria de natureza política, respondeu que não. De natureza pessoal? Negativo. Em seguida, Dirceu deu o assunto por encerrado, dizendo que se reservava o direito de esclarecer a questão apenas no momento que considerasse adequado. Não sendo as relações entre Dirceu e Valério de natureza política nem pessoal, seriam elas de natureza profissional? Familiar? Comercial? Valério, em sua entrevista, tampouco ajudou na compreensão do mistério. "Não falo diariamente com o Zé." Ou: "O Zé é professor de Deus, um cara muito formal. Nós temos um relacionamento esparso".
Marcos Valério também revelou a VEJA projetos que desenvolveu com seu "chapa" Delúbio – "meu melhor amigo, um bicho-do-mato como eu". Junto com José Augusto Dumont, ex-vice-presidente do Banco Rural (morto em 2004), eles tentavam criar um banco que centralizaria o caixa de vários sindicatos com o propósito de conceder empréstimos com desconto em folha aos trabalhadores. "Era a nossa menina-dos-olhos", disse ele. O projeto não andou.
Marcos Valério tem passado os dias trancado com um batalhão de advogados e mergulhado em documentos e fitas de vídeo. Nas duas últimas semanas, ele viu e reviu (dez vezes, pelos seus cálculos) o depoimento de seis horas de duração que Jefferson prestou à Comissão de Ética da Câmara – sempre atrás de alguma contradição do deputado que possa ser usada em sua defesa. Na semana passada, VEJA adiantou o que Valério considera ser a principal delas: as datas em que Jefferson afirma ter recebido dele os 4 milhões de reais – quantia que equivaleria à primeira das cinco parcelas prometidas pelo PT ao PTB, partido de Jefferson. Valério reuniu uma coleção de documentos que, segundo afirma, provarão que esteve em Brasília apenas no dia 7 de julho, e, nesse dia, diz não ter se encontrado com o deputado.
O empresário nega que tenha participado de operações vinculadas ao mensalão. Diz que só se transformou num dos protagonistas do escândalo por causa de sua amizade com o tesoureiro do PT. "Nunca escondi de ninguém que somos amigos. As pessoas me viam com ele, e isso gerou um folclore." Ele nega ainda ter feito tráfico de influência usando suas ótimas relações com o alto comando petista. "Nada do que eu tentei fazer junto com o governo deu certo. Como lobista, sou um fracasso", diz. Já como homem de negócios, Valério não pode dizer o mesmo. O empresário é uma pessoa rica. Além de catorze empresas, tem fazendas e um centro de hipismo que lhe custou 1,2 milhão de reais (incluindo a reforma) e hoje é considerado um dos melhores do Brasil.
No olho do furacão do maior escândalo envolvendo o governo Lula, o empresário diz não temer que novas revelações – incluindo as que possam surgir da iminente quebra de seus sigilos bancário e fiscal – venham a comprometê-lo e aos seus amigos do governo. "Mais problemas do que eu já tenho? Impossível", afirma. A seguir, a entrevista que o empresário concedeu em um de seus escritórios em Belo Horizonte aos repórteres José Edward e Marcelo Carneiro.Ele visitava o Palácio
Marcos Valério diz que freqüentava
o Palácio do Planalto, vários ministérios
e o Banco Central
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O SENHOR JÁ ESTEVE COM O PRESIDENTE LULA?
Não, nunca fui apresentado a ele.
E COM O EX-MINISTRO-CHEFE DA CASA CIVIL JOSÉ DIRCEU?
O José Dirceu não é meu amigo, não falo com ele diariamente. É só quebrar o meu sigilo telefônico e o de minha empresa para constatar que estou falando a verdade.
QUANTAS VEZES O SENHOR ESTEVE COM ELE?
No período em que foi ministro, três ou quatro vezes, no máximo. Por telefone, devo ter falado duas vezes, logo no início do governo. Nossos encontros foram por acaso. Já conversamos sobre política. Mas ele não dá liberdade. O Zé é professor de Deus, um cara muito formal. Temos um relacionamento esparso.
SEGUNDO O RELATO DE EMPRESÁRIOS OUVIDOS POR VEJA, O SENHOR FOI VISTO VÁRIAS VEZES NO PALÁCIO DO PLANALTO, NA ANTE-SALA DO GABINETE DO MINISTRO JOSÉ DIRCEU.
Fui mesmo várias vezes ao Palácio do Planalto. Estive lá para visitar uma conterrânea do Delúbio, chamada Sandra Cabral.
SANDRA CABRAL É ASSESSORA-CHEFE DA CASA CIVIL. QUE ASSUNTOS O SENHOR TINHA PARA CONVERSAR COM O BRAÇO-DIREITO DO ENTÃO MINISTRO JOSÉ DIRCEU?
Ela é de Goiás, como o Delúbio. Como ele tem interesse em ser candidato a deputado federal, eu e a Sandra discutíamos os projetos do Delúbio. Conversamos muito sobre isso.
QUANTAS VEZES O SENHOR ESTEVE LÁ?
Umas quatro ou cinco vezes.
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O SENHOR ESTÁ DIZENDO QUE ESTEVE QUATRO OU CINCO VEZES NO PALÁCIO DO PLANALTO APENAS PARA CONVERSAR COM A ASSESSORA-CHEFE DA CASA CIVIL SOBRE UMA PROVÁVEL CANDIDATURA DO TESOUREIRO DO PT A DEPUTADO FEDERAL?
É isso mesmo. A Sandra é amiga do Delúbio e estava preocupada com a campanha dele.
O SENHOR JÁ ESTEVE NO GABINETE DO ENTÃO MINISTRO DOS TRANSPORTES, ANDERSON ADAUTO?
Já estive lá, também para discutir a campanha dele à prefeitura de Uberaba. Nunca intermediei negócios de empresários com ele.
O SENHOR JÁ ESTEVE NO MINISTÉRIO DA SAÚDE?
Uma única vez, com o ministro Humberto Costa. Discutimos a política em Pernambuco. Todo mundo sabe que ele quer ser candidato a governador.
O SENHOR ACHA QUE A CASA CIVIL E OS MINISTÉRIOS SÃO LOCAIS ADEQUADOS PARA PLANEJAR FUTURAS CAMPANHAS ELEITORAIS?
Não seria possível convidar a Sandra ou o ministro Anderson Adauto para discutir campanhas políticas num jantar. Não tenho intimidade para isso.
SÓ NESTE ANO O SENHOR JÁ ESTEVE TREZE VEZES NA SEDE DO PT EM BRASÍLIA. O QUE O SENHOR FOI FAZER LÁ?
Fui tomar cafezinho com meu amigo Delúbio. Discutíamos futilidades e um pouco de política.
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SEGUNDO O RELATO DE UM SERVIDOR DO BANCO CENTRAL, FEITO A VEJA, NO FIM DE 2002 O SENHOR FOI AVALISTA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES EM UMA OPERAÇÃO DE EMPRÉSTIMO REALIZADA NO BANCO BMG. POR QUE O SENHOR FOI AVALISTA DO PT?
Isso você vai ter de perguntar ao PT, porque a operação é deles, não minha. Não nego nem confirmo. Quem vai ter de explicar isso não sou eu. Não sou dono do PT (Três horas depois da entrevista, Marcos Valério pediu para retificar essa resposta, por sugestão de seu advogado. Sua nova declaração é a seguinte: Não fui avalista do PT.)
SE OS SIGILOS BANCARIOS DO SENHOR E DO PT FOREM QUEBRADOS, ISSO TRARÁ PROBLEMAS PARA O SENHOR?
Mais problemas do que eu já tenho? Impossível.
O DEPUTADO ROBERTO JEFFERSON E O SECRETÁRIO DO PTB, EMERSON PALMIERI, DISSERAM TER RECEBIDO DE SUAS MÃOS 4 MILHÕES DE REAIS EM DUAS PARCELAS.
Passei os últimos dias reunindo documentos para provar que o Roberto Jefferson está mentindo. Tenho provas de que só estive em Brasília no dia 7 de julho, e fui de avião de carreira. Então, se a informação for verdadeira, carreguei a mala dentro do avião de carreira...
MAS OUTRA PESSOA PODERIA TER LEVADO O DINHEIRO. O SENHOR PODE TER SIDO APENAS O ENTREGADOR DA MALA.
Vou provar que isso não faz sentido. Li todas as entrevistas do Jefferson mais de dez vezes. Passei os últimos dias reconstituindo a primeira quinzena de julho de 2004.
A QUE CONCLUSÃO CHEGOU?
Ele diz que fez uma reunião de bancada na primeira quinzena, no início de julho. Depois dessa reunião de bancada é que teria ocorrido a primeira remessa, e, três dias depois, outra. Na segunda entrevista, diz que poderia ter sido quatro dias depois. No depoimento à comissão de ética, ele já diz que foi uma semana depois. Nos dois primeiros dias de julho, dormi em São Paulo. Tenho documentos e até o número dos vôos. Nos dias 3 e 4, sábado e domingo, eu estava em Belo Horizonte. Fui ver minha filha treinar hipismo. No dia 5, fiquei na cidade. Como provar que estava em Belo Horizonte nesse dia era o meu dilema. Mas consegui, através do restaurante que freqüento há anos, o Monti Cielo, na Savassi. Eu não pago as contas, assino as notas e depois a dona manda a fatura. Minha sorte é que a nota é eletrônica. Ficam registrados o horário e o número de pessoas na mesa. Na terça-feira 6, parti para o Rio e, no mesmo dia, fui a São Paulo, onde dormi. No dia 7, fui a Brasília num avião de carreira. No dia 8, estava em Belo Horizonte. Tenho comprovante do mesmo restaurante. No dia 9 viajei para os Estados Unidos com minha esposa e fiquei lá até o dia 18. Tenho os tíquetes das passagens, os vouchers do hotel e meu passaporte como provas.
O QUE O SENHOR FOI FAZER EM BRASÍLIA NO DIA 7 DE JULHO?
Fui visitar pessoas. Estou tentando pegar as provas de minhas entradas em alguns prédios naquele dia. Só sei que fui lá resolver problemas meus e das minhas empresas. Não me encontrei com Jefferson nesse dia.
O SENHOR TEM CERTEZA?
Tenho.
QUANDO O SENHOR CONHECEU O DEPUTADO ROBERTO JEFFERSON? QUANTAS VEZES O ENCONTROU?
Eu o conheci em 2005 e só me encontrei com ele duas vezes. Uma no PTB, onde fui apresentado pelo doutor Emerson Palmieri. Conversamos sobre política e sobre campanhas. Foi um encontro social. Depois, por acaso, no Rio de Janeiro, quando almoçava com um cliente num restaurante.
DESDE QUANDO O SENHOR CONHECE PALMIERI?
Desde 2004, no período da campanha eleitoral. Ele mesmo já disse ao jornal O Globo que discutimos na ocasião assuntos partidários, campanhas eleitorais, mas nunca falamos sobre dinheiro.
MAS ELE ERA O TESOUREIRO DO PTB NACIONAL...
Não sabia que ele era o tesoureiro. Ele se apresentou como presidente da Fundação do PTB e como diretor da Embratur. Na verdade, eu o procurei porque queria ter um faturamento extra com campanhas eleitorais. Eu fiz a campanha de algumas prefeituras do PT e estava querendo fazer campanhas também para o PTB.
SE ROBERTO JEFFERSON MENTE, POR QUE ENVOLVEU LOGO O SEU NOME NESSA HISTÓRIA?
Porque ele entrou numa rota de colisão muito grande com as lideranças do PT. Ele centrou fogo basicamente em quatro pessoas: Delúbio, Silvio Pereira, José Dirceu e José Genoíno. Nunca neguei que sou muito, mas muito amigo mesmo do Delúbio. Eu sou do interior, bicho do mato. O Delúbio é goiano, bicho do mato também. Houve aquela afinidade. Também circulo muito, sou dono de agência de propaganda. Isso criou um folclore. Mas, se eu fosse um todo-poderoso no governo, teria conseguido ajudar o Banco Rural, e isso não aconteceu. O governo bateu a porta.
QUANDO E COMO O SENHOR CONHECEU DELÚBIO?
Em meados de 2002. Fui levado ao PT pelas mãos do deputado federal Virgílio Guimarães, meu conterrâneo da cidade de Curvelo. Aí eu pedi e ele me apresentou à maioria do pessoal do PT, inclusive o Delúbio.
COMO FOI O PROCESSO DE APROXIMAÇÃO COM OS OUTROS LIDERES DO PT?
Foi também pelo Virgílio. Foi ele quem me apresentou ao ministro José Dirceu e a João Paulo Cunha.
O SENHOR CHEGOU A IR AO BANCO CENTRAL COM O VIRGÍLIO?
Sim, com ele e com José Augusto Dumont, do Banco Rural (morto em 2004). Várias vezes. Só com o Virgílio, duas: uma para conversar com Paulo Sérgio Cavalheiro, diretor de fiscalização do BC; outra, com Gustavo do Vale, diretor de liquidações
QUAL FOI O MOTIVO DESSAS VISITAS?
O Banco Rural detém 22% do capital do Banco Mercantil de Pernambuco e queria fazer um acordo para adquirir o restante. Existem no BC alguns títulos que interessavam ao Banco Rural. Paralelamente a isso, o Rural viu a chance de fazer um negócio via Econômico (os bancos Mercantil de Pernambuco e Econômico estão em processo de liquidação pelo Banco Central). Ele queria fazer um pacote grande. E propôs isso ao BC através da minha empresa de assessoria empresarial. A resposta do doutor Gustavo do Vale, que era diretor de liquidações do BC, foi muito clara: não.
O SENHOR NÃO VÊ UM PROBLEMA ÉTICO EM USAR UM DEPUTADO DA BASE GOVERNISTA PARA INFLUENCIAR O BC A ATENDER A UM INTERESSE PRIVADO?
O Rural é meu cliente, e eu fiz um favor a ele. Foi só isso. Nunca fiz tráfico de influência. Em momento algum pedi ao Banco Central que facilitasse nada. Fiquei calado na reunião. Não foi pedida nenhuma benesse. E nenhuma proposta apresentada foi aceita. Se fosse tráfico de influência, o BC teria facilitado, dito sim. Mas disse não. Pus a viola no saco e fui embora.
COMO ERA SUA RELAÇÃO COM JOSÉ AUGUSTO DUMONT?
Eu o conheci dentro do Rural e nos tornamos amigos. Ele era um pai de família exemplar, freqüentou minha casa. Éramos muito amigos. Quando ninguém me dava crédito, ele me emprestava dinheiro.
VEJA TEM A INFORMAÇÃO DE QUE O SENHOR E SUAS EMPRESAS FIZERAM RETIRADAS EM DINHEIRO COM VALORES E DATAS COMPATIVEIS COM AS DENÚNCIAS FEITAS PELO DEPUTADO JEFFERSON.
Reconheço que já fiz vultosas movimentações financeiras no Banco Rural. Tenho fazendas, compro animais. Lido com gado. Há fazendeiros que simplesmente não aceitam cheque.Tenho treze cavalos de raça. Um deles é filho de "Baloubet du Rouet" (o cavalo de Rodrigo Pessoa, tricampeão mundial e medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas). Você sabe quanto custa um cavalo desses?
O SENHOR CONHECE O DEPUTADO JOSÉ JANENE, ACUSADO DE SER UM DOS OPERADORES DO MENSALÃO?
Conheço, sim, desde o fim do ano passado. É um contador de piadas e casos muito bons. Conheço muitos deputados porque minhas agências têm a conta da Câmara.
É VERDADE QUE O SENHOR, O JOSÉ AUGUSTO DUMONT E O DELÚBIO ESTAVAM TENTANDO CRIAR UM BANCO PARA ATENDER TRABALHADORES?
Ah, esse também foi um dos motivos pelos quais fui ao Banco Central. O Banco dos Trabalhadores era uma idéia que eu e o Zé Augusto tínhamos e da qual o Delúbio era um entusiasta. Era a nossa menina-dos-olhos.
Apontem um empresário beneficiado por mim. Todas as minhas tentativas de ajudar alguém deram errado. Como lobista, sou um fracasso.
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