Lauro Jardim
e-mail: ljardim@abril.com.br
| A sede da Polícia Federal é obra do...
Sabe quem construiu a sede paulista da Polícia Federal, onde estiveram presos Daniel Dantas, o megaespeculador Naji Nahas, Celso Pitta e a turma do Opportunity? A notória Gautama, de Zuleido Veras. E quem liberou as verbas para que a obra fosse feita? Renan Calheiros, quando foi ministro da Justiça. |
• Eleições 2008
Acima de 40
As próximas pesquisas revelarão que Marta Suplicy continua subindo. O último Datafolha, do dia 5, apontou 38% para a petista na corrida pela prefeitura de São Paulo. Na semana passada, pesquisas de dois candidatos mostravam que ela passou dos 40%. E que Geraldo Alckmin se mantém um pouco abaixo de 30 pontos.
• Governo
Jogo duro
Subiu no telhado a nomeação de um apadrinhado do minúsculo PSC para a diretoria de álcool da empresa de biocombustíveis que a Petrobras criará. O presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, bateu o pé e não aceitou nenhum dos três nomes sugeridos pelo partido.
Toma lá, dá cá
O ministro José Múcio já busca outro espaço no governo para o partido: afinal, não se podem deixar doze votos irritados (o tamanho da bancada do PSC na Câmara).
• Brasil
A farra do microfilme
Há duas semanas, VEJA publicou informações de arrepiar sobre o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Eram documentos apreendidos pela Polícia Federal que comprovavam corrupção no TCE. Mas quem procurar vai achar muito mais. Segue um exemplo, a partir de documentos que estão na Assembléia Legislativa do Rio: em 2006, quando José Gomes Graciosa presidia o TCE, contratou-se uma empresa para microfilmar e digitalizar documentos. Por nove meses de trabalho, pagaram-se 4,6 milhões de reais. Um ano depois, mudou o presidente do TCE e um contrato para fazer a mesma coisa (mas por doze meses) saiu por 900 000 reais – cinco vezes menos.
• Economia
Brincando com o perigo
Aloizio Mercadante acha que tanto entre os governistas do Congresso quanto no Ministério da Fazenda a preocupação com o rigor nos gastos públicos é menor do que o necessário.
Com vista para o mar
A Odebrecht não se acertou com nenhum sócio ainda, mas continua interessada em entrar para o setor naval.
• Telecomunicações
Prazo esticado
Desde que foi anunciada a compra da Brasil Telecom pela Oi, tem se divulgado que, se até dezembro as mudanças na legislação não forem feitas para que o negócio possa realmente valer, tudo volta à estaca zero. Não é bem assim. Há uma cláusula que estende esse prazo por mais 120 dias. Depois do rolo em que Daniel Dantas se meteu e tudo o que pode vir à tona, talvez esses quatro meses sejam necessários.
• Futebol
Agora vai?
Para a CBF, a renúncia do presidente do Barcelona, Joan Laporta, prevista para os próximos dias, será a senha para que Ronaldinho Gaúcho seja liberado pelo clube para jogar pela seleção olímpica em Pequim.
• Televisão
Em busca de informações
Duas semanas atrás, na reunião que ocorre a cada seis meses entre a cúpula da Globo e os donos das emissoras afiliadas, surgiu o assunto Record – como, aliás, não poderia deixar de surgir. Um dos empresários perguntou sobre o crescimento de audiência da emissora do bispo Edir Macedo. A resposta de um diretor da Globo foi centrada no que seriam os métodos da Record. Começou dizendo que um funcionário da Globo foi demitido por tentativa de espionagem industrial que favoreceria a Record. Ele conclamou a todos que ajudassem com informações sobre eventuais procedimentos desleais da concorrente.
Batalha comercial
O capítulo Record, é verdade, ocupou pouco tempo do encontro, que aconteceu na sede paulista da Globo. Mas o suficiente para mostrar que a batalha comercial subiu mais um degrau.
| Um cheque de 3,4 bilhões de dólares
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Com Paulo Celso Pereira
