Carta ao Leitor
VEJA de cara nova
Paulo Vitale |
Poder de informação Neri à frente de sua equipe: modernizar o visual de VEJA exigiu investimentos em novos computadores, programas e muito talento |
A revista que você tem em mãos marca a estréia do novo projeto gráfico de VEJA. O objetivo das mudanças foi tornar ainda mais agradável e produtiva a experiência de ler as reportagens. Para nós da redação que passamos meses no trabalho de fazer e refazer páginas de teste de acordo com a nova concepção visual, este número de VEJA se apresenta mais organizado, elegante e atraente. Novas seções foram criadas. As de abertura foram repensadas e agrupadas sob um único pórtico, batizado de Panorama. O desenho das páginas obedeceu com fidelidade à missão de ajudar a dar foco perfeito ao assunto tratado. A mais sutil das mexidas, mas que terá um efeito marcante, foi a adoção de uma tipologia especialmente desenvolvida para VEJA. Ela se baseia na lendária família de tipos conhecida como Times Roman, criada em 1931 por encomenda do jornal londrino The Times. Não é o caso aqui de entrar em detalhes técnicos, mas os novos tipos dão a impressão de que as letras são maiores e mais espaçadas, favorecendo sobremaneira a leitura – sem que as reportagens tenham de ser encurtadas. É natural e esperado que você, ao deparar com a revista redesenhada, demore um pouco para se acostumar com sua nova cara. Mas temos certeza de que, passado o momento inicial de estranheza, as qualidades da mudança visual se tornarão evidentes.
O responsável pelo novo projeto é Carlos Neri, diretor de arte de VEJA. Neri tem 50 anos, 32 de profissão, nove deles na revista, durante os quais se destacou pela sensibilidade jornalística, pelo perfeccionismo e pelo domínio absoluto das mais avançadas tecnologias digitais relacionadas à diagramação e à imagem. Essas características deram a Neri condições ideais para liderar as mudanças gráficas na revista, que exigiram significativos investimentos em tecnologia e o treinamento da equipe em novos computadores e programas. Diz Carlos Neri: "Busquei valorizar cada elemento das páginas, de modo que seus significados possam ser percebidos isoladamente e no conjunto aumentar a capacidade de informação da revista".