e-mail: ljardim@abril.com.br Dirceu culpa Tarso por ações da PF Fotos Marcio Fernandes/AE e Marcello Casal Jr./ABR | | | Dirceu e Tarso: o relacionamento, que já não era bom, azedou de vez | Em conversas com os aliados mais próximos, José Dirceu culpa Tarso Genro pelo envolvimento de seu nome na operação da Polícia Federal que flagrou o ex-prefeito de Juiz de Fora Carlos Alberto Bejani com a mão na massa – aliás, uma farta massa de 7 milhões de reais. Dirceu está espumando de ódio. Acha que tem dedo de Tarso na ação da PF. É uma briga antiga, que ganha cores mais fortes. Quando puder, Dirceu dará o troco. | • Governo De "saco cheio" Lula anda reclamando de José Gomes Temporão – algo que já fizera no fim do ano passado, mas agora num tom acima. A um interlocutor, Lula se disse de "saco cheio" das reclamações que prefeitos e deputados têm feito do ministro da Saúde. Mais: atribuiu as dificuldades do ministério a "problemas de gestão", e não a falta de dinheiro. Em busca de apoio Temporão, aliás, nas últimas semanas andou se encontrando com alguns políticos para tentar construir pontes de apoio. • Eleições 2008 De olho em São Paulo... Aos mais próximos, Lula tem dito que pouco sairá de Brasília durante o primeiro tempo da campanha (será que ele agüenta?). Só se mexerá no segundo turno. A exceção é São Paulo. ...e em Aracaju Lula também dará uma atenção especial à disputa em Aracaju. Ali, quer porque quer derrotar o ex-governador João Alves. Duda e Maluf Paulo Maluf está trabalhando para que Duda Mendonça volte a ser o seu marqueteiro. Nas conversas iniciais de ambos, a idéia é que a campanha de Maluf à prefeitura paulistana seja usada para "limpar" a imagem do ex-prefeito – já que a vitória é carta fora do baralho. Dentro dessa estratégia, Maluf não faria ataques aos adversários. Falaria de suas propostas e de suas realizações como prefeito. Uma versão 2008 do "Lulinha paz e amor". Sem limites 1 A votação da reforma eleitoral demorou, demorou e o limite dos gastos de campanha não saiu do papel. O prazo final para que o Congresso estabelecesse, por lei, os valores máximos das campanhas em cada município era dia 10. Sem limites 2 Agora, sem o limite legal, os partidos poderão gastar quanto quiserem nas campanhas. No registro das candidaturas, eles têm de estabelecer um teto para os gastos, mas o valor pode ser reajustado ao longo da campanha. • Economia Interesse comum A possibilidade de o governo aumentar a taxação da extração do minério de ferro levou à união pontual de dois concorrentes: Eike Batista, da MMX, e Roger Agnelli, da Vale. Eles têm conversado. Não faz muito tempo o clima entre as duas empresas não era dos melhores: Eike levou para a MMX alguns talentos formados na Vale e a empresa presidida por Agnelli chiou alto. • Aviação Cade analisa venda da Varig Um dos conselheiros do Cade decidiu interromper as férias para que o órgão consiga, finalmente, julgar na quarta-feira a compra da Varig pela Gol, realizada em março do ano passado. Atenção: nesse julgamento não estão em discussão a legalidade da operação nem a notável participação do advogado-compadre, mas simplesmente se o negócio fere as leis da concorrência. Slots valem ouro Para aprová-lo, o Cade deverá determinar a devolução de slots da Varig em Congonhas, para que sejam redistribuí-dos pela Anac. A questão é saber quantos. Os slots – autorizações para pouso e decolagem – valem ouro e foram um dos principais motivos de interesse da Gol no negócio. • Futebol Currículo pré-seleção Para quem acha que o fiasco de Dunga se deve ao fato de ele nunca ter dirigido um time de futebol antes de virar técnico da seleção, vai uma informação: por dois anos seguidos, o técnico da seleção foi contratado para treinar os times da Odebrecht nas festas de fim de ano da empresa baiana. Está explicado. Pintou um clima Vivo e CBF abriram oficialmente uma rodada de negociações para o rea-juste do contrato de patrocínio da seleção pela operadora. Os dois lados passaram os últimos treze meses às turras na Justiça. Motivo: os 4 milhões de dólares por ano do contrato, que a CBF acha defasado. O olho-no-olho entre Roberto Lima, presidente da Vivo, e Ricardo Teixeira, da CBF, deu-se no Rio de Janeiro, há duas semanas. • Showbiz Os dólares do João É de 2 milhões de reais o cachê que João Gilberto receberá pelas quatro apresentações (no Rio de Janeiro, em São Paulo e Salvador) que comemorarão os cinqüenta anos da bossa nova. Os bandidos não livram nem a cara do Rei Fabio Rodrigues Pozzebom/ABR | Pelé: assaltado quando chegava a Santos | Duas semanas atrás, Pelé ficou sob a mira de revólveres e viveu momentos de medo como um brasileiro comum. Ao chegar a Santos, o motorista do Rei diminuiu a velocidade e o carro (sem blindagem) foi cercado por uns dez adolescentes encapuzados e armados com facas e revólveres. Imediatamente, Pelé abriu a janela e mostrou o rosto. "É o Pelé, é o Pelé", disse, com o seu costumeiro modo de tratar a si mesmo na terceira pessoa. Quando achou que se livrara do perigo, ouviu a batida do cano de um revólver do outro lado. Ele, então, baixou o vidro. O bandido arrancou-lhe um cordão de ouro e exigiu o celular e o relógio. Pelé contou essa história a um pequeno grupo na quarta-feira passada em Belo Horizonte, pouco antes do jogo Brasil e Argentina. | Com Paulo Celso Pereira
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