Entrevista:O Estado inteligente

sábado, junho 28, 2008

Radar


Lauro Jardim
e-mail: ljardim@abril.com.br

El Salvador, aí vai ele


Fotos Ana Ottoni/Folha Imagem
Funes (no detalhe) e Santana: marqueteiro internacional

João Santana tem a chance de, em 2009, ser marqueteiro de dois presidentes. Além de trabalhar para Lula, Santana foi contratado pelo esquerdista Maurício Funes, candidato oposicionista à Presidência de El Salvador. A eleição será em março, mas uma equipe do brasileiro já desembarcou em San Salvador. Lá (mais ainda do que aqui), o processo eleitoral é uma jornada longa: Funes tem participado de cinco comícios por semana. Só em dezembro, bem depois de ter acabado a eleição municipal (na qual trabalha para Marta Suplicy), é que Santana cairá de cabeça na campanha do salvadorenho.

Brasil

Sugestão acatada
Zuleido Veras, o enrolado empreiteiro cuja agenda causa calafrios em muito político, trocou de advogado há dois meses. Quem o defende agora é Eduardo Ferrão, que recentemente teve Renan Calheiros como cliente. Por trás dessa troca está José Sarney. Foi uma discreta articulação de Sarney que levou Zuleido a achar que Ferrão o defenderia melhor.

Eleições 2008

Enquanto os tucanos brigavam...
As pesquisas que serão divulgadas nos próximos dias devem virar motivo de preocupação para Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab. Nelas, aumenta a diferença entre Marta, que lidera, e Alckmin, que vem em segundo na disputa pela prefeitura de São Paulo. Pior (para tucanos e democratas): nas simulações para o segundo turno, a petista venceria se as eleições fossem hoje. Em resumo, enquanto os tucanos brigavam, Marta cresceu.

Governo

Será que caiu?
A propósito, a grande interrogação das próximas pesquisas de avaliação de Lula será quanto a renascida inflação atrapalhou o seu ibope. Em princípio, o aumento dos preços é incompatível com a manutenção de uma alta popularidade.

Promessa é dúvida
Hoje, o esporte preferido dos líderes do PMDB é mandar a borduna em cima de José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras. Os motivos são três: cargos, cargos e cargos, nessa ordem. Foram prometidos pelo governo e não foram entregues.

Economia

Nas duas pontas
A Previ botou a Paranapanema à venda. A candidata mais forte a comprá-la é a Vale, que tem como um de seus maiores acionistas justamente a Previ.

Comportamento

Lugar de malhação
Não será por falta de lugar que brasileiros e brasileiras deixarão de cuidar dos seus corpinhos: o Brasil é hoje o país com o segundo maior número de academias de ginástica do mundo. São 13 000. Só perde para os EUA, onde existem 29 000 academias.

Forças Armadas

O avanço evangélico
A expansão dos evangélicos e o conseqüente encolhimento dos católicos podem ser medidos pelo crescimento do número de capelães evangélicos nas Forças Armadas. Até o ano 2000, esse grupo de religiosos, contratado para dar assistência espiritual à tropa, era formado quase que exclusivamente por católicos – um total de 90, contra apenas cinco evangélicos. Hoje, dos 121 capelães de Marinha, Exército e Aeronáutica, 22 são pastores. Mais: de acordo com o Conselho Federal de Capelania Cristã do Brasil, outros 260 evangélicos trabalham de forma voluntária nas Forças Armadas. Segundo o pastor Mário Lima, presidente do conselho, os dois principais inimigos a ser combatidos no meio militar são o alcoolismo e a "decadência dos valores da família".

O palpite de Lula


Ricardo Stuckert/PR
Teixeira e Lula: sugestão de convocar apenas atletas que jogam no Brasil

Num almoço com Ricardo Teixeira, na quinta-feira passada, em Brasília, Lula, irritado com os péssimos resultados dos últimos jogos, sugeriu ao presidente da CBF: por que não escalar uma seleção brasileira só com atletas que jogam no Brasil e esquecer a turma que está nos times europeus? O argumento de Lula é o de muitos torcedores. Com a vida financeira arrumada, os que estão lá fora teriam menos gás e garra. Teixeira lembrou a Lula o exemplo de Falcão, quando foi técnico da seleção, entre 1990 e 1991. Falcão botou em prática essa idéia. Perdeu quatro jogos e voltou atrás.

Com Paulo Celso Pereira. Colaborou Marcelo Bortoloti

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