Sobre abraços explícitos e alianças clandestinas
O que tem de bocó e de carpideira teorizando sobre o abraço de Lula e FHC no velório de Ruth Cardoso é uma enormidade. Esperavam o quê? Ademais, o ex-presidente jamais hostilizou o atual. Foi sempre este que se atribuiu virtudes inaugurais, depredando o passando e recontando-o à sua maneira. O mais impressionante nestes pacientes de lulite, uma doença que frita o cérebro, é que se destaca o que seria a “generosidade” do Apedeuta. Ora, se alguém estava sendo generoso ali era FHC, fragilizado pelo golpe que sofrera. Generoso e tolerante. Eu teria posto Dilma Rousseff para correr. Mas compreendo que ele não o tenha feito. Que ela tenha ido à cerimônia só demonstra ausência de limites — ou seja: é um risco.
Lula abraçou FHC? E daí? Vai reconhecer a obra do outro, ou o Apedeuta só é generoso em velório? Lula costuma massacrar a biografia dos vivos para que possa ser obsequioso com os mortos? Atribuir especial simbolismo àquele abraço é delinqüência teórica, política, conceitual e... moral!
Mais. O tal abraço não significa nada além de um... abraço. Onde mais se fala da “convergência” PT-PSDB é Minas, de Aécio Neves, que, segundo ele próprio revelou, fez um pouco de política na Sala São Paulo. Jesus... Adiante. Ontem, o PSDB homologou a chapa formada por Marcio Lacerda e pelo deputado estadual Roberto Carvalho (PT) para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte. Se a Executiva do PT não voltar atrás, aceitando uma coligação com o PSDB, Aécio já decidiu que dará apoio informal a Lacerda.
Impressionante, não? Lula abraça FHC num velório, mas o PT não aceita um abraço do PSDB, não à luz do dia, em Minas, onde, a se dar crédito a certa crônica política do miolo mole, se está reinventando a política: ela passaria a ser feita sem oposição — porque esse negócio de oposição atrapalharia a democracia e os interesses do povo. Nossa!
Por que essas coisas são ditas e escritas? Há, sim, um tanto de má-fé ideológica. Mas o problema de base é mesmo burrice, falta de leitura. O analfabetismo político está em alta.
Lula abraçou FHC? E daí? Vai reconhecer a obra do outro, ou o Apedeuta só é generoso em velório? Lula costuma massacrar a biografia dos vivos para que possa ser obsequioso com os mortos? Atribuir especial simbolismo àquele abraço é delinqüência teórica, política, conceitual e... moral!
Mais. O tal abraço não significa nada além de um... abraço. Onde mais se fala da “convergência” PT-PSDB é Minas, de Aécio Neves, que, segundo ele próprio revelou, fez um pouco de política na Sala São Paulo. Jesus... Adiante. Ontem, o PSDB homologou a chapa formada por Marcio Lacerda e pelo deputado estadual Roberto Carvalho (PT) para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte. Se a Executiva do PT não voltar atrás, aceitando uma coligação com o PSDB, Aécio já decidiu que dará apoio informal a Lacerda.
Impressionante, não? Lula abraça FHC num velório, mas o PT não aceita um abraço do PSDB, não à luz do dia, em Minas, onde, a se dar crédito a certa crônica política do miolo mole, se está reinventando a política: ela passaria a ser feita sem oposição — porque esse negócio de oposição atrapalharia a democracia e os interesses do povo. Nossa!
Por que essas coisas são ditas e escritas? Há, sim, um tanto de má-fé ideológica. Mas o problema de base é mesmo burrice, falta de leitura. O analfabetismo político está em alta.