Entrevista:O Estado inteligente

quarta-feira, junho 25, 2008

Dilma recebeu Roberto Teixeira



CASO VARIG

24 de Junho de 2008

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, admtiu nesta terça-feira que recebeu o advogado Roberto Teixeira pelo menos duas vezes no Palácio do Planalto para falar sobre a venda da Varig. Em um dos encontros, Dilma informou que a filha do advogado Valeska Teixeira Martins também estava presente. Irritada, a ministra disse que há uma tentativa de "escandalizar o nada".

No início do junho, a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu acusou Teixeira – amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – de ter influenciado a aprovação da venda da companhia aérea ao fundo Matlin Patterson e a três sócios brasileiros. Denise afirmou que Dilma teria pressionado a diretoria da Anac a não cobrar todos os documentos necessários para o negócio.

"Eu acho que tem, mais uma vez, uma tentativa de escandalizar o nada. Se você olhar a minha lista de audiências, ela abrange uma quantidade muito grande de pessoas, de empresários, de setores da sociedade. Eu não vejo (nada de errado), a não ser que alguém queira criminalizar o nada", disse Dilma depois de participar de uma cerimônia sobre o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Segundo a ministra, os encontros com Teixeira e a filha dele ocorreram no início do processo de venda da empresa e a conversa foi sobre os leilões da Varig.

Questionada sobre o motivo dos encontros não terem sido registrados na sua agenda oficial ela disse que não sabia. "Não sei. Vocês me desculpem. A minha agenda não é uma ficção pura. A minha agenda é, em alguns momentos, uma impossibilidade, porque eu tenho, às vezes, três encontros na mesma hora. Chega a ser uma impossibilidade. As informações são públicas. Eu atendo quase 12 horas por dia."

Desde as denúncias, a assessoria de imprensa da ministra negava os encontros. Também nesta terça-feira, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência informou que Lula recebeu Teixeira seis vezes no Planalto, de agosto de 2006 a abril deste ano.

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