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A esta altura, Tio Rei sente daqui — vocês sabem como meus pressentimentos estão se cumprindo ultimamente, né? — que o governo federal pressiona a TAM para que a empresa negue ter feito pela Varig uma oferta de US$ 738 milhões, conforme informa a VEJA desta semana. Mas os petistas não queriam saber: só aceitavam a venda para a Gol por US$ 320 milhões. E a diferença? Não sei se a TAM vai ceder à pressão, operando num mercado extremamente regulado, sujeito aos maus humores do governo. Espero que não. A empresa deve saber que a verdade acaba aparecendo. Na tramóia como se desenha, melhor que ela continue como personagem passiva, em vez de saltar voluntariamente para dentro da frigideira.
O Estadão deste domingo — o jornal vem dando exemplo de reportagem, especialmente na cobertura deste caso e do que envolve o notório deputado Paulinho da Força (PDT-SP) — demonstra que os supostos sócios brasileiros de Lap Chan não desembolsaram um tostão. O chinês ajeitou tudo. E isso, é importante que fique claro, confirma a denúncia de Denise Abreu. Que ela criou dificuldades para que se realizasse a maracutaia, também é fato. Tanto que Roberto Teixeira, o "Papai", decidiu processá-la. Aí entrou dona Dilma Rousseff e mandou fazer o negócio. Denise estava a serviço da TAM, como sugerem os que se enrolam na tramóia? Vamos ver. Se isso for verdade, ao menos se diga em seu favor que lutava por uma proposta que valia US$ 418 milhões a mais, não é mesmo?
A verdade, meus queridos, é que não se faz mais negócio privado no Brasil que não tenha a interferência dos companheiros. A aristocracia petista sempre está ali, cobrando o seu quinhão. Esse caso não pode ser dissociado do que se viu na telefonia, um escândalo que passou com poucos protestos na imprensa e na política. Sabemos hoje que, na Brasil Telecom, atuavam forças petistas distintas, adversárias entre si. O partido se dividiu: uma fatia estava fechada com Daniel Dantas; outra acabou ficando com os fundos de pensão e com os italianos. Pois bem: finalmente se chegou a uma fórmula boa para todos — com a provável exceção de nós outros... Pois bem: VOCÊS ESTÃO LEMBRADOS QUE FOI UM NEGÓCIO FEITO ANTES DA MUDANÇA DA LEI? Sim, os negociantes sabiam que podiam tocar a operação adiante, porque, no Bananão, fazem-se leis de acordo com os negócios. Nas democracias corriqueiras e com menos imaginação do que a nossa, os negócios são feitos de acordo com as leis. Aliás, até para padrões brasileiros, o PT inovou. Uma lei específica, para beneficiar uma negociação apenas? Nunca vi.
O mais encantador em todo esse processo é que o PT, vocês sabem, era — e é ainda — o partido adversário das privatizações feitas no governo FHC. Posso entender os motivos: está demonstrando, na prática, por que ele gosta de um "estado interventor". Denise não tem pinta de idiota — longe disso. Quando fez a acusação, sabia o vespeiro em que se metia e que seria alvo da fúria de antigos companheiros. Intuo — sim, mais uma intuição — que ela tenha ainda algumas, ou muitas, cartas na manga. Vai usá-las? Vai se contentar com esta primeira ameaça e negociar um armistício? Eu acho que ela tem munição de sobra para mandar Dilma Rousseff para casa.
Para não dizer que não falei...
Saiu aí em algum lugar que Denise teria procurado o senador Tasso Jereissati para falar de suas acusações. A coisa é vendida como escândalo. É MESMO??? Os petralhas estão assanhadíssimos com a informação. E daí? Será que ela deveria ter procurado a senadora Ideli Salvatti (PT-SC)? Ou então Romero Jucá (PMDB-RR)?
O Estadão deste domingo — o jornal vem dando exemplo de reportagem, especialmente na cobertura deste caso e do que envolve o notório deputado Paulinho da Força (PDT-SP) — demonstra que os supostos sócios brasileiros de Lap Chan não desembolsaram um tostão. O chinês ajeitou tudo. E isso, é importante que fique claro, confirma a denúncia de Denise Abreu. Que ela criou dificuldades para que se realizasse a maracutaia, também é fato. Tanto que Roberto Teixeira, o "Papai", decidiu processá-la. Aí entrou dona Dilma Rousseff e mandou fazer o negócio. Denise estava a serviço da TAM, como sugerem os que se enrolam na tramóia? Vamos ver. Se isso for verdade, ao menos se diga em seu favor que lutava por uma proposta que valia US$ 418 milhões a mais, não é mesmo?
A verdade, meus queridos, é que não se faz mais negócio privado no Brasil que não tenha a interferência dos companheiros. A aristocracia petista sempre está ali, cobrando o seu quinhão. Esse caso não pode ser dissociado do que se viu na telefonia, um escândalo que passou com poucos protestos na imprensa e na política. Sabemos hoje que, na Brasil Telecom, atuavam forças petistas distintas, adversárias entre si. O partido se dividiu: uma fatia estava fechada com Daniel Dantas; outra acabou ficando com os fundos de pensão e com os italianos. Pois bem: finalmente se chegou a uma fórmula boa para todos — com a provável exceção de nós outros... Pois bem: VOCÊS ESTÃO LEMBRADOS QUE FOI UM NEGÓCIO FEITO ANTES DA MUDANÇA DA LEI? Sim, os negociantes sabiam que podiam tocar a operação adiante, porque, no Bananão, fazem-se leis de acordo com os negócios. Nas democracias corriqueiras e com menos imaginação do que a nossa, os negócios são feitos de acordo com as leis. Aliás, até para padrões brasileiros, o PT inovou. Uma lei específica, para beneficiar uma negociação apenas? Nunca vi.
O mais encantador em todo esse processo é que o PT, vocês sabem, era — e é ainda — o partido adversário das privatizações feitas no governo FHC. Posso entender os motivos: está demonstrando, na prática, por que ele gosta de um "estado interventor". Denise não tem pinta de idiota — longe disso. Quando fez a acusação, sabia o vespeiro em que se metia e que seria alvo da fúria de antigos companheiros. Intuo — sim, mais uma intuição — que ela tenha ainda algumas, ou muitas, cartas na manga. Vai usá-las? Vai se contentar com esta primeira ameaça e negociar um armistício? Eu acho que ela tem munição de sobra para mandar Dilma Rousseff para casa.
Para não dizer que não falei...
Saiu aí em algum lugar que Denise teria procurado o senador Tasso Jereissati para falar de suas acusações. A coisa é vendida como escândalo. É MESMO??? Os petralhas estão assanhadíssimos com a informação. E daí? Será que ela deveria ter procurado a senadora Ideli Salvatti (PT-SC)? Ou então Romero Jucá (PMDB-RR)?