Entrevista:O Estado inteligente

sábado, novembro 11, 2006

As exigências de Jonathan Littell

Diga que me ama

As exigências da nova
vedete do mundo literário


Anne-Christine Poujoulat/AFP
Jonathan Littell: o escritor americano pediu uma "carta de amor" dos seus editores

Todo editor coleciona casos de manias e caprichos de seus autores. O escritor Jonathan Littell superou-se: sua sede de atenção começou antes mesmo da escolha dos editores. Para eleger aqueles que lançariam internacionalmente seu primeiro romance, Les Bienveillantes (literalmente, "os bondosos" – mas a palavra também faz referência às Fúrias da mitologia grega), Littell exigiu uma "carta de amor": cada editor tinha de explicar, por escrito, por que admirava e desejava lançar a obra em seu respectivo país. Americano, Littell mora em Barcelona e escreve em francês. Com 900 páginas, Les Bienveillantes, uma história sobre os horrores da II Guerra (o narrador é um oficial nazista), vendeu mais de 200.000 exemplares na França e na semana passada foi anunciado como o vencedor do Prêmio Goncourt. Grande vedete da Feira do Livro de Frankfurt – o maior evento do mercado editorial do mundo –, no mês passado Littell envolveu-se pessoalmente na seleção das editoras que publicariam seu livro em outros países, colecionando as tais cartas de intenções. No Brasil, quem levou foi a Objetiva, que vai lançar o livro pelo selo Alfaguara. A carta da editora ressaltava o modo original como Les Bienveillantes tratou de um antigo tema relacionado ao nazismo – a banalidade do mal. Littell gamou.

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