Entrevista:O Estado inteligente
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quinta-feira, julho 21, 2005
Editorial de O Globo O mensalão existe
Enquanto o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira depunha na CPI, quarta-feira, escudado num hábeas- corpus concedido pelo STF, chegavam numa sala próxima os primeiros documentos liberados pela quebra do sigilo bancário do publicitário Marcos Valério. E ali toda a falta de memória de Pereira e sua couraça jurídica tornaram-se inúteis. As informações trazidas pela papelada confirmavam a existência do mensalão denunciado pelo deputado petebista Roberto Jefferson. Mesmo assim, diante de todas as evidências, e agora provas, a distribuição de dinheiro ilícito pelo PT para políticos seus e de legendas aliadas também seria desmentida pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares, no depoimento do dia seguinte à CPI.
Compreende-se que a estratégia de defesa de Delúbio e Pereira seja negar até o fim. Mas depois que começaram a surgir dados objetivos sobre a movimentação de altas somas pelas agências de Valério a favor de petistas e de legendas amigas, as negativas não passam de manobra advocatícia. Não convencem mais ninguém — se é que convenciam.
Essas primeiras provas mostram que, de fato, a benevolência financeira do PT era ampla e também irrigava contas de políticos de outros partidos. Além de estrelas petistas como o deputado João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara, apanhado numa tentativa de burlar a CPI e a opinião pública, os primeiros extratos atingem um político do PL, o ubíquo Carlos Rodrigues, que perdeu o cargo de bispo na Igreja Universal; uma pessoa ligada ao presidente do PTB José Carlos Martinez, já falecido; e um elo com o PP, Cláudio Genu, próximo do líder do partido na Câmara, José Janene, um dos primeiros citados como receptadores do mensalão por Jefferson.
Agora, confirmado o esquema, cresce ainda mais de importância saber-se de onde veio o dinheiro para alimentar o propinoduto. A dupla Delúbio-Valério, sem qualquer credibilidade, agarra-se à versão de que o dinheiro saiu de empréstimos bancários feitos pelo publicitário, lastreados no relacionamento pessoal de Valério com o então tesoureiro do PT, a quem conhecera há pouco tempo. Tudo sem o conhecimento da Executiva do partido, muito menos de petistas em função de governo. A operação não é verossímel.
Deve-se investigar como o aparelhamento do Estado pelo PT serviu de canal de alimentação desse caixa dois ---- quem sabe caixa três.
Não pode passar despercebida a evidência de corrupção patrocinada por Sílvio Pereira, por ser presenteado com um jipe Land Rover no valor de R$ 73.500 pela empresa GDK, segundo o vendedor do veículo. A GDK ganhou milionária concorrência na Petrobras. O presente a Pereira foi em troca de quê? É um exemplo clássico de como políticos podem usar um estado obeso a favor de projetos pessoais e de poder. O mesmo vale para a história de um saque de R$ 326 mil de um conta do esquema por ex-auxiliar de Henrique Pizzolato, petista e funcionário de carreira do Banco do Brasil, onde foi nomeado diretor de marketing. Pizzolato apressou-se em pedir aposentadoria. Por que essa remessa generosa de Marcos Valério? O ponto comum nos dois casos é a presença de uma grande empresa estatal no enredo. A pista é essa.
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