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da Folha Online, em Brasília
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), subiu na tribuna do Senado nesta quinta-feira para se defender das acusações de que recebeu contribuições irregulares para a sua campanha eleitoral. Irritado, o tucano partiu para o ataque e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "na melhor das hipóteses é um idiota, na pior, um corrupto".
A lisura na campanha de Arthur Virgílio foi questionada pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS), durante depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios do presidente da empresa Skymaster, Luiz Otávio Gonçalves.
"Gastei R$ 1,6 milhão na minha campanha. Garimpando, buscando nas empresas. Não tem nada de ilegal na minha campanha." Arthur Virgílio confirmou que recebeu recursos durante a campanha da empresa Skymaster, acusada de causar prejuízos aos Correios em um contrato superfaturado para a exploração dos serviços do correio noturno.
Segundo Arthur Virgílio, a Skymaster é uma empresa privada e como tal tinha o direito de contribuir. O valor da contribuição da Skymaster à campanha do líder tucano foi de 3,8%, de acordo com os dados da declaração do senador tucano.
O senador tucano apresentou toda a documentação contendo o nome dos colaboradores de sua campanha, afirmando que seu financiamento é todo conhecido e com "caixa 1". Apresentou ainda parecer do Ministério Público e do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), pedindo que tudo conste nos anais do Senado.
Arthur Virgílio disse estar "cansado" da tática petista de atacar a moral dos seus opositores na tentativa de se defender dos ataques sofridos. "Não sou Delúbio Soares. Não sou José Dirceu. Não sou do PT. Não faço caixinha. Não busco propinas. Neste governo dá mais ladrão do que chuchu em ribanceira."
O ataque de Virgílio ao governo do presidente Lula só foi rebatido pelo senador Eduardo Suplicy (SP), único petista em plenário e única voz a tentar defender o governo. Ao final do seu discurso, Arthur Virgílio fez um balanço mensal dos 30 meses do governo Lula e das denúncias de corrupção que surgiram em cada mês, desde janeiro de 2003.
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