(Giulio Sanmartini) Denise Abreu (foto), ex diretora da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) contou que foi pressionada pela ministra Dilma e pela secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig ao fundo americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros.
Como a lei brasileira proíbe estrangeiros de ter mais de 20% do capital das companhias aéreas, a diretora queria documentos comprovando a origem de capital e a declaração de renda dos sócios brasileiros para verificar se tinham recursos para a compra.
Diz Denise Abreu: “Numa reunião, a ministra se insurgiu contra as duas exigências (comprovação de origem de capital e de Imposto de Renda dos sócios da VarigLog dizendo que isso não era da alçada de uma agência reguladora, mas do Banco Central e da Receita. Falou ainda que era muito difícil fazer qualquer tipo de análise tentando estudar o Imposto de Renda dos sócios da Volo porque era muito comum as pessoas no Brasil sonegarem imposto. Ela disse também que nunca ia se revelar como se deu a entrada desse dinheiro no País porque poderia haver um contrato de mútuo entre as empresas e que esse contrato, de gaveta, nunca apareceria. Eu respondi que a matéria deveria ser colocada sub judice e os meus colegas já haviam aprovado meu ofício no colegiado da Anac.
Dilma de quem o verdadeiro caráter está ficando cada vez mais a nu, como não poderia deixar de ser, está tirando o seu da reta, quando perguntada sobre o assunto disse: "Respondo dizendo que são falsas as afirmações".
Mais patética so as declarações do ministro da Defesa nelson Jobim: depois de bem ao estilo presidencial de “não saber nada” acrescentou: "Não vou (me inteirar sobre o assunto). Esse assunto não me diz respeito, não vou tomar nenhuma providência".
Vale Lembrar que Denise Abreu tal qual o assessor José Aparecido é gente do José Dirceu.