Entrevista:O Estado inteligente

sexta-feira, março 16, 2007

REINALDO AZEVEDO Urna não é tribunal. Não absolve ninguém

Não comentei o aparte do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) ao discurso do ex-presidente (foi nessa condição que ele falou, certo?) Fernando Collor. Mas comento, sim, sem nenhum problema. Segundo a Agência Senado, Virgílio afirmou que o “ex-presidente está anistiado pela Justiça e pelo voto popular” e que “pagou um preço muito alto por seus erros num país onde ninguém paga".
Vamos ver. Concordo parcialmente com a segunda afirmação — de fato, quase ninguém paga por seus erros por aqui. Se o ex-presidente pagou caro, aí já daria um bom debate. Collor sempre me pareceu muito pimpão nestes 14 anos. Se há coisa que não vi foi o agora senador com cara de sofredor.
Mas discordo radicalmente de Virgílio quanto à primeira afirmação. Eleição não anistia ninguém. As irregularidades de que Collor foi acusado não estavam sendo julgadas nas urnas. Quanto ao fato de o STF tê-lo inocentado, assim foi porque ele não deixou ato de ofício. Só. Sobre se urna é ou não tribunal, submeto a vocês o primeiro texto que publiquei na Veja, em 6 de setembro do ano passado.
clicar para ler artigo na Veja

Arquivo do blog