Entrevista:O Estado inteligente

segunda-feira, março 12, 2007

PMDB e Macunaíma Por Reinaldo Azevedo

PMDB e Macunaíma
Lá vou eu com um dos meus bordões prediletos para reproduzir o estado de espírito deste povo valente:

- Ai, que preguiça!

É Macunaíma, como sabem. Poderia parar por aqui o comentário sobre a convenção nacional do PMDB que homologou o nome de Michel Temer (SP) à presidência do partido. Sem a presença de Nelson Jobim e seus aliados etc e tal, mas com a visita luxuosa de Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente da Câmara.

Temer discursou e emprestou sotaque de dimensão, vamos dizer, histórica, aos comentários das lideranças do partido presentes ao evento: chegou a hora do PMDB; o partido quer ter, em 2010, o candidato à Presidência da República. E espera o apoio do PT.

Ô, nem diga! Há quanto tempo vocês ouvem essa conversa? Há quem diga que algo está mudando no PMDB, surpreendentemente unido desta vez. Unido? A presença de Chinaglia e a ausência de Jobim deixam claro do que estamos falando... A consistência peemedebista também se mede pelo discurso de Anthony Garotinho: de opositor radical de Lula a apoiador radical na convenção desta tarde. Os inimigos? Ele já definiu: o PSDB e o PFL.

Outro exemplo da coerência peemedebista era o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA): no primeiro mandato de Lula, fonte permanente de ataques ao governo; no segundo, ministro de Estado. Confiem no PMDB. Não é desses partidinhos que se vendem por pouco.

Ah, sim. E essa história de o partido ter o candidato da coalizão em 2010? Hein? Debater isso no começo de 2007? É brincadeira? Seja lá qual for o resultado do governo Lula, o PT terá candidato próprio à Presidência. A única dúvida é saber se Ciro Gomes (PSB-CE) vai apoiar o escolhido, como vice, ou vai correr em raia própria, à espera de se juntar com os petistas no segundo turno. Isso, claro, na hipótese de Lula decidir descansar por quatro anos. Não. Eu ainda não me convenci disso.

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