Entrevista:O Estado inteligente

terça-feira, novembro 14, 2006

A Rede

Um amigo, dos que pensam muito bem, me manda um e-mail, conforme segue, sobre o imbróglio do dossiê. E eu acho que aí está uma pauta bem interessante para o jornalismo político-investigativo. Segue o seu texto:

“Ao que parece, o piloto do dossiê é funcionário fantasma do governo do Mato Grosso do Sul. Pergunto: por que os 'aloprados' não contrataram um táxi aéreo qualquer, que faria o mesmo serviço?

Respondo:
1) porque pode haver uma rede clandestina constituída por funcionários públicos (fantasmas ou não) de máquinas governamentais (federal, estaduais e municipais);

2) a rede, para funcionar sem perda de tempo, em ocasiões de emergência, teria de ser centralizada: chefe, integrantes fixos, regras de contato e sigilo, controle de pagamentos, financiamento etc. Ou seja: haveria um PT clandestino, o que é coisa diferente de dizer que o partido pode realizar ações clandestinas;

3) toda essa gente envolvida no dossiê faria parte dessa rede. Quando um Hamilton Lacerda entra em crise, o pânico do comando não é apenas que ele conte o que sabe, mas que tire o véu da rede, que a revele;

4) Se o partido do governo tem uma face pública e uma clandestina, então o governo também tem.

Essa idéia na mão de um jornalista investigativo...”
Por Reinaldo Azevedo

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