"Os fatos estão despencando sobre as nossas cabeças numa velocidade tão vertiginosa, que corremos o risco de perder o fio da meada, tais e tantas são as irregularidades e malfeitorias descobertas no governo do PT e do presidente Lula.
Tem para todos os gostos: mensalão distribuído a deputados da base aliada, "homem da mala" viajando de Belo Horizonte para Brasília carregadinho de dinheiro, agência bancária que fazia pagamentos a deputados, tentativa de extorsão nos Correios, no Instituto de Resseguros do Brasil, em Furnas.
Tem Waldomiro Diniz, ex-assessor do ex-ministro da Casa Civil apanhado pedindo dinheiro a um empresário.
Agora tem também os dólares descobertos nas roupas íntimas de um ex-dirigente do PT, tem o ex-tesoureiro dizendo que a culpa toda é dele, tem o filho do presidente da República que acaba de ganhar um presentão de uma empresa concessionária de serviço público que tem como acionistas o BNDES e fundos de pensão de estatais.
Tem ainda o ex-presidente da Câmara que usou dinheiro da Câmara para fazer pesquisa sobre suas chances como candidato ao governo de São Paulo, entre outras explicações que o deputado João Paulo Cunha deve à sociedade.
Tem o escândalo dos fundos de pensão, prontinho para explodir, trazendo para primeiro plano o secretário de Comunicação da Presidência da República. Tem o escândalo dos gastos injustificáveis do Banco do Brasil e do BNDES com publicidade.
E as principais estrelas da companhia ainda nem foram depor na CPI dos Correios. O primeiro será o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, previsto para quarta-feira.
Quando teremos o ex-presidente do PT José Genoíno, o ex-secretário Silvio Pereira e a estrela maior desta novela, o deputado José Dirceu, ex-ministro todo-poderoso?
Dirceu vem tentando escapar da CPI dos Correios. Agora ameaça, segundo suas palavras, "arrastar junto o Brasil", se for convocado para depor.
Sua Excelência parece ter perdido completamente o senso de medida. O deputado José Dirceu e todas as trapalhadas que patrocinou ou de que participou são muito menores do que o país, embora essa camarilha tenha quebrado todos os recordes de irregularidades e ilicitudes.
Chega a ser constrangedor apanhar um homem público num vexame desse tamanho. Um homem público que se considera maior do que o país a que ele deveria servir e que pensa que é capaz de jogar o país no buraco em que ele próprio se encontra, é um triste sinal de descontrole. Triste e melancólico.
Em suma, como vocês já perceberam, vamos ter uma longa semana."
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