O GLOBO
Dois anos
O Bolsa Família completa dois anos nesta quinta-feira. Em 24 meses, tornou-se o maior programa de transferência de renda condicionada do planeta e o mais bem focalizado do país, segundo o Banco Mundial. São oito milhões de famílias beneficiadas em 100% dos municípios brasileiros — até dezembro, serão 8,7 milhões. Em 2006, a meta é levar o orçamento de R$ 8,7 bilhões a 11,2 milhões de lares.
Este ano, o programa está consumindo R$ 6,5 bilhões, com benefícios que variam de R$ 15 a R$ 95 por mês — o valor médio é de R$ 66. Depois de uma implementação polêmica, colhe a primeira leva de avaliações positivas em pesquisas do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e do Banco Mundial (Bird). Do governo vem a informação de que dois terços dos recursos transferidos são usados na compra de alimentos. A maior parte do dinheiro é gasta no comércio próximo à residência dos beneficiários, o que sugere o efeito colateral de desenvolver as economias locais.
O acompanhamento das contrapartidas também avança, informa Rosani Cunha, secretária nacional de renda de cidadania do MDS. No trimestre maio-julho, 80% das escolas (de 5.519 cidades) prestaram contas sobre a freqüência das crianças beneficiadas pelo programa: 97% dos pequenos estiveram em pelo menos 85% das aulas.
Como parâmetro, vale assinalar que o melhor relatório do Bolsa-Escola (que foi incorporado pelo Bolsa Família), no terceiro trimestre de 2003, continha informações sobre 19% das escolas (de quatro mil municípios). No fim de 2002, havia dados sobre a freqüência escolar em 1.670 cidades.
Kathy Lindert, economista sênior do Bird, acompanha o Bolsa Família desde a origem. Com a experiência de quem se acostumou a avaliar políticas de transferência de renda mundo afora, ela não esconde o entusiasmo com o programa brasileiro, que caminha para virar referência na instituição. Ela afirma que não há no Brasil ação mais focalizada nos pobres do que o Bolsa Família: 73% dos recursos ficam com os 40% de menor de renda da população. A segunda melhor, a educação primária, destina 60% dos gastos aos mais pobres.
Na comparação com os pares estrangeiros, o Bolsa Família não faz feio. Só perde para Solidario, do Chile, que destina 83% do orçamento aos 40% mais pobres. Kathy assinala que os dados sobre o Brasil referem-se ao ano de 2003. Por isso, espera uma melhora dos números quando a base de dados for atualizada:
— A maturação do Bolsa Família está até rápida para o tamanho do programa e do país. A qualidade do cadastro melhorou e o custo de operação caiu de 5,3% para 2,5% do orçamento desde 2002.
BR lança bomba 'flex'
A expansão galopante da frota de veículos flex fuel, aqueles cujo motor funciona com álcool e gasolina, rendeu filhotes. A BR Distribuidora desenvolveu com seus fornecedores a bomba flex , que permite o abastecimento simultâneo com os dois combustíveis. O consumidor pode escolher entre encher o tanque apenas com um deles ou determinar proporções de meio a meio ou 30% e 70%. A máquina dosa as quantidades e calcula o preço automaticamente. Lançados em 2003, os veículos bicombustíveis já são líderes na indústria automobilística. De janeiro a setembro, foram vendidas 562.717 unidades. A participação de mercado chega a 47,5%, contra 46% dos modelos só a gasolina.
O valor da pesquisa
Num país que ainda engatinha nas parcerias do setor privado com o mundo acadêmico, é digna de registro a união da Maquesonda com a Coppe-UFRJ. A fabricante carioca de máquinas de perfuração de solo, fundada há 35 anos, aliou-se à universidade em 2003, em busca de uma tecnologia que aumentasse sua produtividade. Na época, o desempenho de suas máquinas equivalia à metade do obtido pelas concorrentes internacionais.
Com investimento de US$ 100 mil, a equipe do professor Max Suell Dutra desenvolveu o projeto que, em um ano, igualou a brasileira às estrangeiras. As vendas cresceram no país e no exterior, conta Adriano Santoni, diretor técnico e comercial da Maquesonda. O faturamento, que em 2003 fora de R$ 5 milhões, saltou para R$ 9,5 milhões em 2004.
Deve chegar a R$ 16 milhões este ano. Um novo processo, já em andamento, deve aumentar a produtividade em mais 10%. A capacidade de perfuração, de 25 metros a cada oito horas, está em 54 e chegará a 60 em 2006. A marca é inédita no mundo da mineração.
A TBG, responsável pelo Gasoduto Bolívia Brasil, está festejando os projetos de infra-estrutura básica, educação e emprego que implementou na região do duto. O investimento, de R$ 3,5 milhões, beneficiou cerca de 240 mil pessoas em 40 cidades e ganhou a chancela do Bird. A experiência será apresentada na Rio Pipeline 2005, que começa amanhã no Riocentro.
DE OLHO na industrialização da construção civil, a Lafarge Brasil, da área de cimento, está apostando no mercado de grandes construtoras e fabricantes de pré-moldados, argamassas e concreteiras. Para isso, lançou produtos e quer crescer em São Paulo. Em três anos, a empresa espera que o segmento técnico ganhe espaço do consumo formiga e passe a representar 35% das vendas, contra os atuais 26%.
Entrevista:O Estado inteligente
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