FOLHA DE S PAULO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Desconfiança no presidente cresce 13 pontos em relação a junho, mas permanece estável quando comparada à existente em agosto
Os três primeiros meses da pior crise política da gestão Lula elevaram o grau de desaprovação ao governo de 38% para 49% e aumentaram em 13 pontos percentuais o grau de desconfiança no presidente (de 38% para 51%), revela a pesquisa encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) ao instituto Ibope.
O aumento nos índices de desaprovação ao governo e de desconfiança no presidente, contudo, precisa ser analisado com cautela, ressalta Márcia Cavallari, diretora-executiva do Ibope. Comparando a pesquisa divulgada ontem com o levantamento realizado para a CNI em junho, quando a crise política estava no início, a queda é muito grande. Mas se confrontamos esses dados com a pesquisa feita pelo próprio Ibope de 18 a 22 de agosto (não encomendada pela CNI), a popularidade de Lula se estabilizou.
O percentual dos que não confiam em Lula oscilou negativamente, de 52% em agosto para 51% em setembro, enquanto o daqueles que nele confiam passou de 43% para 44%. O grau de desaprovação ao governo oscilou dentro da margem de erro, de 47% para 49%, enquanto o de aprovação permaneceu constante em 45%. Segundo Cavallari, o presidente "parece ter parado de cair".
O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, enfatiza esse ponto: "A comparação mostra que não há uma queda, como a maioria dos veículos divulgou durante o dia de ontem, mas uma estabilidade na avaliação do governo". Segundo Paulino, os números são muito próximos aos da pesquisa Datafolha realizada em agosto, que mostrava que 31% consideravam o governo ótimo ou bom.
O levantamento do Ibope divulgado ontem foi realizado de 8 a 12 de setembro em 143 municípios de todo o país. Foram ouvidas 2.002 pessoas, e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Os índices divulgados ontem pela CNI foram confrontados apenas com o levantamento de junho do Ibope. Nesse intervalo, a taxa dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo cresceu dez pontos percentuais, de 22% para 32%, enquanto a dos que o avaliam como ótimo ou bom diminuiu de 35% para 29%. Contudo, comparado aos dados do Ibope de agosto, o cenário é de estabilidade: a taxa de ótimo/bom estava em 29% (estabilidade), e a de ruim/péssimo, em 31% (oscilação dentro da margem de erro).
Embora os índices tenham permanecido estáveis, destacam-se as taxas de ruim/péssimo entre os eleitores mais jovens (37%), mais escolarizados (37%), com renda superior a 10 salários mínimos (44%) e entre os eleitores do Sudeste (38% de ruim/péssimo).
Em relação ao noticiário da crise, 81% disseram ter tomado conhecimento das denúncias de corrupção. Desse total, 46% consideram as notícias totalmente verdadeiras, e 32%, mais verdadeiras do que falsas. Outros 13% vêem as notícias como mais falsas que verdadeiras e 3%, como totalmente falsas. A percepção sobre a veracidade dessas denúncias permanece estável desde junho.
Segundo a pesquisa, 40% dos eleitores consideram que a economia será afetada negativamente pela crise política. Desse montante, 73% admitem que não estão alterando seus hábitos de consumo. Houve mesmo certa melhora nas expectativas de inflação. Mas a crise afetou a avaliação dos programas federais: o índice dos que desaprovam as ações de combate à fome e à pobreza atingiu 52%.
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