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(17/08/05)
Gabeira, que conhece bem a galera da qual já foi companheiro, fez um alerta dramático no Canal Livre da Band no último domingo: as oposições e a opinião pública devem exigir de Lula o imediato desaparelhamento do Estado. E por que a urgência? Gabeira explicou que os petistas perceberam que ficarão longe do poder por muitos e muitos anos – talvez mais de uma década. E vão precisar fazer caixa rapidamente para sustentar essa travessia do deserto.
Antes do escândalo, a necessidade de gerar recursos era para bancar a pretensão petista de permanecer no poder por muito tempo. Agora, será para compensar o tempo de vacas magras que se avizinha, longe das fontes de suprimento pesado. Sabem também os petistas que a própria militância terá menos disposição de contribuir voluntariamente para o partido.
O futuro financeiro do PT é difícil, ainda, porque o partido deverá encolher, fazer menos deputados e senadores, bancadas menores nos estados, raros governos estaduais, e terá poucos cargos a distribuir – enfim, haverá menos petistas obrigados a recolher uma porcentagem do salário ao partido. Para piorar a situação, além de endividado, talvez perca os generosos recursos do fundo partidário como punição pelo mar de irregularidades que cometeu. Sem dúvida, um cenário de horror.
Então, tirar dinheiro de onde para manter funcionando a gigantesca e cara estrutura que o PT construiu em todo o país?
É aí que entra a advertência de Gabeira. Eles vão tentar fazer o que ele chama de "fundo de horror". Daqui até o fim do governo Lula, mesmo correndo risco de provocar novos escândalos, tratarão de amealhar o máximo possível de recursos para amenizar o miserê dos próximos anos e manter o partido respirando.
O repórter Ugo Braga, no Correio Braziliense da última segunda-feira, fez a primeira tentativa de mostrar a extensão do aparelhamento. A reportagem, destacada na nota O mensalão sindical e social , estima em cerca de 300 o número de sindicalistas espalhados pela administração direta, estatais, paraestatais, fundos de pensão, bancos públicos etc. Essa turma, treinada em rechear fundos de greve nos tempos de sindicato, seria escalada para fazer o "fundo de horror."
Gabeira sabe o que diz. A essas alturas, investigar o que eles fizeram é tão importante quanto impedir que continuem fazendo. Se vão deixar Lula lá, as oposições deveriam ao menos mapear a ocupação do Estado e exigir desaparelhamento já! Ou serão cúmplices por omissão da pilhagem que Gabeira teme.
Antes do escândalo, a necessidade de gerar recursos era para bancar a pretensão petista de permanecer no poder por muito tempo. Agora, será para compensar o tempo de vacas magras que se avizinha, longe das fontes de suprimento pesado. Sabem também os petistas que a própria militância terá menos disposição de contribuir voluntariamente para o partido.
O futuro financeiro do PT é difícil, ainda, porque o partido deverá encolher, fazer menos deputados e senadores, bancadas menores nos estados, raros governos estaduais, e terá poucos cargos a distribuir – enfim, haverá menos petistas obrigados a recolher uma porcentagem do salário ao partido. Para piorar a situação, além de endividado, talvez perca os generosos recursos do fundo partidário como punição pelo mar de irregularidades que cometeu. Sem dúvida, um cenário de horror.
Então, tirar dinheiro de onde para manter funcionando a gigantesca e cara estrutura que o PT construiu em todo o país?
É aí que entra a advertência de Gabeira. Eles vão tentar fazer o que ele chama de "fundo de horror". Daqui até o fim do governo Lula, mesmo correndo risco de provocar novos escândalos, tratarão de amealhar o máximo possível de recursos para amenizar o miserê dos próximos anos e manter o partido respirando.
O repórter Ugo Braga, no Correio Braziliense da última segunda-feira, fez a primeira tentativa de mostrar a extensão do aparelhamento. A reportagem, destacada na nota O mensalão sindical e social , estima em cerca de 300 o número de sindicalistas espalhados pela administração direta, estatais, paraestatais, fundos de pensão, bancos públicos etc. Essa turma, treinada em rechear fundos de greve nos tempos de sindicato, seria escalada para fazer o "fundo de horror."
Gabeira sabe o que diz. A essas alturas, investigar o que eles fizeram é tão importante quanto impedir que continuem fazendo. Se vão deixar Lula lá, as oposições deveriam ao menos mapear a ocupação do Estado e exigir desaparelhamento já! Ou serão cúmplices por omissão da pilhagem que Gabeira teme.
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