Entrevista:O Estado inteligente

domingo, julho 17, 2005

Primeira Leitura PT-Valério-BMG-Planalto: para além do crime eleitoral

Os interesses que uniam o Banco Rural, o PT e as empresas de Marcos Valério logo ficarão tão evidentes quanto evidentes já são os elos que ligam o PT ao banco BMG. Eis um roteiro: 1) em 2002, ano das campanhas mais caras, das eleições para presidente, deputados, senadores e governadores, o BMG doou legalmente R$ 280 mil aos políticos; 2) em 2004, ano da campanha municipal, o banco mineiro doou, conforme registro no TSE, cerca de R$ 800 mil. Entre 2002 e 2004 aconteceu o seguinte: 1) em janeiro de 2003, a direção do BMG foi recebida pelo então chefe da Casa Civil, José Dirceu, e quem abriu a porta do gabinete foi Marcos Valério; 2) em fevereiro, o BMG formalizou um empréstimo de R$ 2,4 milhões ao PT/Valério; 3) em setembro de 2003 saiu a Medida Provisória 130 com uma redação que autoriza os bancos que não pagam benefícios previdenciários a trabalhar com crédito para aposentados e desconto direto na folha de pagamento de benefícios do INSS; 4) hoje, o BMG detém cerca de 40% do crédito consignado a aposentados; 5) nem PT nem Valério honraram os compromissos assumidos no empréstimo, mas o BMG tratou-os com a camaradagem que nenhum banco aplica a seus clientes. Essa amostra, que pode ser feita em relação ao Banco Rural, prova que o PT não cometeu apenas um crime eleitoral (caixa dois) e que seus empréstimos não eram inocentes contratos bancários para quitar dívidas avalizadas pelo senhor Marcos Valério... que nunca cobrou as dívidas.

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