Entrevista:O Estado inteligente
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sexta-feira, fevereiro 11, 2005
o GLOBO MERVAL PERERIRA O DESAFIO DO CLIMA
PARIS. A mudança do clima é talvez o maior desafio econômico dos próximos anos. O Goddard Institute for Space Studies de Nova York anunciou que o ano de 2004 entrou para a relação dos anos mais quentes da história do planeta nos últimos 100 anos, com 0,48 graus centígrados acima da média, apenas atrás de 1998, 2002 e 2003. O Protocolo de Kioto, que entrará em vigor na próxima semana, incentivará o mercado de bônus de certificados ambientais até mesmo nos Estados Unidos, que não assinaram o acordo.
Em Kioto foram estabelecidas metas para os países poluidores, de redução da emissão de gases de efeito estufa, na média em 5% em relação a 1990.
Mas não será uma tarefa fácil. A União Européia, que estabeleceu para seus membros uma meta mais ambiciosa de 8% de redução da emissão dos gases de efeito estufa, em 2002 não conseguiu reduzir mais que 2,9%. O artigo 12 do Protocolo de Kioto, iniciativa do Brasil com o apoio da Índia e da China, permite que investimentos feitos nos países em desenvolvimento, para redução de gases de efeito estufa — como reflorestamentos — possam ser contabilizados pelos países desenvolvidos e reduzidos de suas metas.
Esses investimentos deverão ser certificados através de padrões internacionais, e os certificados serão comprados por empresas ou governos para que suas metas sejam cumpridas. Mesmo antes da entrada em vigor do Protocolo de Kioto, em vários países foram criados mercados para comercialização de créditos de carbono, até mesmo nos Estados Unidos que, embora fora do tratado, são os maiores compradores. Alguns estados americanos inclusive estão criando legislações próprias obrigando a redução. E algumas empresas estão assumindo compromissos de redução da emissão de gases mesmo sem a obrigação.
Já começa a funcionar este mês um centro de registro de certificados de créditos de carbono na Bolsa de Mercadorias e Futuro em São Paulo. As estimativas são de que o Brasil pode participar com cerca de 17% do mercado mundial de Redução Certificada de Emissão, gerando uma receita líquida em 2010 de mais de US$ 300 milhões.
Mas o que acontecerá quando expirar o prazo do protocolo, em 2012? Como fazer para que um segundo protocolo seja assinado pelos Estados Unidos? Como garantir que a Rússia e os países da antiga União Soviética continuem apoiando o tratado? Quanto mais tempo levar para que decisões realmente sérias com relação a mudanças do clima no mundo sejam tomadas, mais custosos serão os impactos, tanto econômicos quanto humanos e ambientais. Recentes pesquisas já demonstraram que o nível do mar pode subir um metro no próximo meio século. Os negócios envolvendo seguros contra tragédias climáticas abrangerão não apenas o perigo dos moradores das costas e o risco de perda de vidas, especialmente nos países em desenvolvimento, como agora com as ondas gigantes da Ásia.
Há ainda o combate às epidemias, o controle da qualidade da água e os impactos na cadeia produtiva de alimentação. Para que o controle da situação mundial seja mais eficiente, especialistas sugeriram, durante os debates em Davos, no Fórum Econômico Mundial, a criação de um grupo chamado G-8 mais, que reuniria as sete maiores economias do mundo, mais a Rússia e os maiores países emergentes, como Índia, China e Brasil.
Foi ressaltada a necessidade urgente de serem criadas medidas, em nível internacional, para o controle da redução de emissão de gás carbônico. O ideal para isso seria a criação de normas internacionais que monitorariam as emissões e controlariam os preços e o comércio dos certificados ambientais. A tecnologia para controlar a emissão de gases e neutralizar sua influência na mudança de clima já está disponível, o problema é o custo dela, disseram os especialistas.
Esses custos deveriam ser transferidos, através do mercado financeiro, tanto para as indústrias quanto para os consumidores privados, para que eles mudassem de comportamento e fossem levados a colaborar. O levantamento do milênio do ecossistema mundial, que será divulgado no final do próximo mês, vai mostrar que um terço dos 23 serviços de ecossistemas examinados estão degradados, ou estão sendo usados de maneira insustentável, contribuindo para as mudanças do clima e afetando a quantidade e a qualidade da água, da biodiversidade e o nível de nitrogênio essencial para o crescimento das plantas.
A presidente do Conselho Internacional para a Ciência, da França, Jane Lubchenco, disse que a divulgação desse documento mudará o diálogo sobre meio ambiente, tanto na política mundial quanto nas discussões públicas. Serviços de ecossistemas que eram considerados seguros e resguardados por longo tempo terão que ser pagos para serem menos utilizados, e assim prolongarem sua vida útil. Especialistas nos Alpes suíços concordam, por exemplo, que metade das geleiras pode desaparecer por volta de 2030, e todo o grupo até 2080. É preciso, portanto, que se façam mudanças agora, e que se defina em que nível os negócios serão afetados.
Cerca de 120 países, representando 44% das emissões mundiais, ratificaram o tratado de Kioto, entre eles o Brasil. Sem a adesão dos EUA, somente a Rússia, que representa mais de 17% das emissões, poderia fazer com que o índice mínimo de 55% das emissões totais de dióxido de carbono em 1990 pudesse ser atingido, condição para que o protocolo entrasse em vigor, o que acontecerá na próxima semana.
Hoje está provado que aumentou a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. No século XX, a temperatura do planeta já subiu 0,6 graus centígrados.
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