Para líder do PFL, Palocci falou o que mercado quer ouvir
16h03 - O líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), também elogiou a entrevista do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Ele disse que o ministro falou "com segurança, mostrou tranqüilidade e não atacou diretamente Buratti". Para Aleluia, a entrevista vai servir para aliviar as tensões na economia. "Ele disse o que o mercado queria saber: não vai haver alteração na política econômica. E ele continuará no ministério. O mercado não quer saber se as acusações são verdadeiras ou não. O mercado está preocupado com os rumos da política econômica e se ele será mantido ou não no cargo", declarou o pefelista. Mas Aleluia também aproveitou para cobrar outro comportamento do presidente Lula. Para ele, o presidente deveria se espelhar no exemplo de Palocci ao elaborar seu plano de comunicação e gerenciamento da crise. "Não podemos confundir. A crise de Lula não é a crise de Palocci. Lula deveria se espelhar em Palocci e tratar a crise com serenidade e não com bravata e soberba", disse. | |
Palocci avisou: é possível que ele tenha de deixar a Fazenda
15h51 - O mercado dirá, a partir desta segunda, até onde acreditou nas palavras de Antonio Palocci (Fazenda), mas uma coisa é certa: a principal preocupação do ministro foi preparar esse mesmo mercado para a real possibilidade de ele ter de deixar o comando da economia. No mais, quanto às denúncias, Palocci jogou o jogo do momento: o da palavra contra a palavra, que tem sido francamente desfavorável ao governo Lula. Nos únicos momentos em que o ministro foi plenamente convincente – sem arroubos, pois isso não é mesmo parte do estilo dele –, Palocci fez profissão de fé na certeza de que com ele ou sem ele Lula não terá como mudar as regras do jogo econômico. Contou que, em conversa nesta manhã de domingo, até chegou a propor ao presidente da República sair da Fazenda, "pelo menos temporariamente", para se defender. Disse, e repetiu mais de uma vez, que não se sente "insubstituível". Como a crise tem mostrado que o governo tem sido não mais do que reativo, Palocci fez o que ninguém havia feito: dar explicações, que foram além de pronunciamentos vagos, e submeter-se a uma entrevista de perguntas livres. Se amanhã ou depois ele deixar a Fazenda, não haverá surpresas, pois os "fundamentos" serão tocados pelo substituto. O recado está dado. – Rui Nogueira | |
Líder do PSDB elogia ministro e cobra explicação de Lula
15h50 - O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) elogiou o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, por ter concedido uma entrevista coletiva sobre as acusações feita contra ele por seu ex-assessor Rogério Buratti. O tucano avaliou que a disposição de Palocci em explicar-se deixa mal o presidente Lula, que tem evitado falar com os jornalistas sobre a crise. "O ministro fez muito bem em dar explicações frontais à nação através da entrevista coletiva e com isso ele deixa o presidente Lula muito mal, que se refugia em comícios, e os demais acusados do PT que se escondem atrás de um falso estatuto do silencio", disse o senador à GloboNews. Ele disse não prejulgar o ministro e defendeu a continuidade das investigações. Virgílio disse também que considerou "muito estranho" que o procurador que divulgou as denúncias de Buratti tenha dado uma entrevista antes mesmo do fim do depoimento do ex-assessor do ministro, mas lembrou que o próprio PT incentivava esse tipo de comportamento. "É estranho, é condenável. É o PT provando do seu próprio veneno. Foi o PT que inventou essa prática. Por outro lado, o que interessa de fato é saber o que tem e o que não tem de concreto sobre o envolvimento do ministro nas denúncias", afirmou. | |
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