FOLHA
Na discussão sobre TV digital, os maiores interessados obviamente são as emissoras abertas, os chamados broadcasters. Há dez anos, o tema vem sendo estudado pela Sociedade de Engenharia de Televisão. De cinco anos para cá, passou-se para a etapa de testes e avaliações. Diretor técnico da Rede Globo, Fernando Bittencourt considera que a decisão sobre a TV digital poderá representar a diferença entre a vida e a morte para as TVs abertas.
Sua visão é simples. No começo, havia apenas os broadbanders, gerando conteúdo distribuído pela TV aberta. Depois, surgiu o cabo, com conteúdo dos broadcasters e outros mais, tendo o diferencial da interatividade. Junto, veio o satélite, com as mesmas qualidades. Mais recentemente, as empresas de telefonia, que eram apenas voz, tornaram-se digitais, abrindo espaço para a banda larga e para a internet. Dentro de muito pouco tempo, a qualidade técnica da banda larga será igual ou melhor do que a TV em casa, assim como a qualidade dos celulares. De todas as mídias, a única que não é digital é a TV aberta. E é a única gratuita, que vive apenas de publicidade.
Com a implantação da TV digital, as emissoras atuais não prevêem um crescimento do bolo publicitário. Por isso, trata-se muito mais de uma estratégia defensiva, para não perder publicidade para os concorrentes que já se digitalizaram.
Para competir nesse ambiente, a TV aberta necessitará das seguintes características:
1) Programação com qualidade similar ao satélite, cabo e telecom.
2) Condições de ser recebida em aparelhos móveis, também sendo gratuita e sem necessitar da intermediação da telefonia celular.
3) Integração com demais mídias. Será possível, por exemplo, assistir ao jogo pela TV aberta e encomendar o replay pelo cabo ou pela rede de telecom.
O sistema que melhor supre essas necessidades é o japonês, segundo Bittencourt. Há uma questão relevante em jogo. Cada canal possui 6 Mhz no espectro. Há duas alternativas para o uso do espectro: ou colocar a alta definição (o que comprometerá o espectro todo) ou fazer quatro transmissões diferentes, simultâneas, mas sem a alta definição.
Como modelo de negócio, Bittencourt considera que a divisão em várias programações é suicida. De um lado, não será suficiente para a TV aberta competir com as centenas de canais da TV a cabo. De outro, haverá uma pulverização da audiência e, conseqüentemente, da publicidade.
O grande problema é que, se quiser lançar a alta definição, o governo terá que disponibilizar um outro canal para cada emissora poder, durante oito a dez anos, transmitir simultaneamente a programação analógica e a digital -até que se complete a renovação dos aparelhos para a nova tecnologia.
Para o consumidor, a transição do analógico para o digital seria feita por meio dos setop-box. De início, será uma caixinha que receberá sinal digital e jogará em um aparelho analógico, com algum ganho de qualidade. Depois, o sinal poderá ser colocado diretamente em uma tela plana.
No endereço eletrônico www. projetobr.com.br, há um conjunto grande de artigos e trabalhos dos diversos atores envolvidos no processo.
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