ROBERTO TEIXEIRA, NAS PALAVRAS DE LULA
Amigo de Lula: "O Roberto passou a ter uma relação de amizade muito grande comigo, e eu comecei a freqüentar o sítio com o Roberto. (...) Isso foi em 83, 84, por aí. Eu comecei a freqüentar o sítio em Monte Alegre. Pelo menos uma vez por mês a gente ia pra lá."
Operação do filho: "Bem, em 85 eu fui pra Cuba e deixei o meu filho Marcos com o Roberto. E teve uma crise de apendicite do meu filho. Ele foi operado na Santa Casa, o Roberto pagou. (...) Aí o Roberto passou a ter uma relação com minha família muito íntima."
De amigo a padrinho: "Em 85 nasceu o meu filho, o Luiz Cláudio, e eu e a Marisa chegamos à conclusão que era importante chamar o Roberto e a Elvira para serem os padrinhos."
Primeiras denúncias: "Roberto Teixeira começou a cair em desgraça no PT porque ele descobriu, com amizades que tinha na prefeitura, conseguiu informações da contabilidade da prefeitura, que os 7 vereadores do PT pagavam os 30% com aplicação da poupança (...) Roberto descobriu isso, e os 7 vereadores viraram inimigos do Roberto."
Casa emprestada: "Bem, veio 1989, e aí eu vou falar pelo que eu ouvi, aí já não sei. Eu estava no Ceará quando o comando da minha campanha achou que a minha casa no bairro Assunção era uma casa que não oferecia segurança para um candidato que tinha possibilidade de ganhar as eleições. E eu sempre fui contra mudar daquela casa porque aquela casa cada tijolinho que tem lá eu tenho participação de ter colocado. Mas aí o pessoal insistiu, insistiu. (...) Eu sei que mudaram sem eu saber. Cheguei de uma viagem. Quando eu desci no aeroporto, eu fiquei sabendo que eu não estava mais na casa que eu morava. E aí eu fiquei na casa. (...) Então o Roberto nunca, nós nunca discutimos aluguel, nunca discutimos contrato...É uma coisa que eu sempre achei a coisa mais normal do mundo que eu morasse na casa de um companheiro meu, que era meu compadre e que tinha uma casa que estava me dando pra morar."
A compra do apartamento: "Eu falei: 'Roberto, eu não tenho dinheiro pra comprar. A única coisa que eu tenho é o seguinte: eu estou pedindo para o Paulo Okamoto vender o meu carro e estou querendo vender um terreno. Se ele se confirmar, eu posso até ter.' Roberto falou: eu compro o teu carro. Aí Roberto me comprou o carro, eu vendi o terreno por 72 paus e comprei o apartamento."
Amizade: "Então a minha relação de amizade com o Roberto é essa, quer dizer, eu não sei quem são os clientes do Roberto Teixeira, por isso falei pra imprensa "eu não sou casado em comunhão de bens com o Roberto Teixeira", ele tem a vida dele, eu tenho a minha. Nem ele sabe das coisas que eu faço pelo PT e eu não sei das atividades profissionais dele, ou seja, cada um cuida sua, independente de ser compadre.