A escalada tecnológica dos computadores
cruza uma barreira espetacular com o
lançamento do disco rígido de 1 terabyte
Rafael Corrêa
Divulgação |
O QUE CABE NO NOVO HD |
Os discos rígidos de computador, os HDs, acabam de cruzar uma barreira tecnológica que vai causar enorme impacto na forma como se armazena informação. A companhia japonesa Hitachi anunciou o lançamento, para março, do Deskstar 7k1000, um HD com capacidade de 1 terabyte – o equivalente a 1.000 gigabytes. Hoje, os computadores usados na maioria das casas e escritórios têm HDs com capacidade entre 40 e 120 gigabytes, o que muitas vezes torna necessário administrar o espaço do disco, apagando arquivos ou fazendo backup em CDs ou DVDs. Com o Deskstar 7k1000, é possível armazenar arquivos praticamente sem se preocupar com o espaço. Ele pode abrigar 250.000 faixas musicais, treze vezes mais que o iPod mais poderoso. Ou ainda 625.000 livros eletrônicos, que em versões impressas em papel consumiriam 20.000 árvores. Com preço anunciado de 399 dólares, o novo HD é mais barato, em termos relativos, do que os discos rígidos hoje utilizados. Nele, cada gigabyte custa 40 centavos de dólar, contra 61 centavos nos HDs convencionais.
Para chegar à revolução do disco rígido de 1 terabyte, foram necessários cinqüenta anos. O primeiro HD digno desse nome foi o Ramac 350, lançado comercialmente pela IBM em 1956. Era um trambolho de 60 centímetros de diâmetro que precisava de uma máquina do tamanho de duas geladeiras para funcionar. O Deskstar 7k1000 é sete vezes menor e 200.000 vezes mais potente. O segredo de sua capacidade é que os dados são gravados na superfície do disco em sentido vertical. Nos HDs convencionais, a gravação é feita no sentido horizontal. Para entender melhor a diferença, imagine-se uma fila de pessoas. Se elas se deitarem no chão, em vez de ficarem em pé, ocuparão mais espaço no solo.
Paul Sakuma/AP |
O PRECURSOR |